17 de jun 2025


Trump considera uso de bomba poderosa para atacar o Irã em nova escalada militar
Trump deve decidir rapidamente sobre um possível ataque a Fordow, enquanto busca manter diálogo com o Irã em meio a crescentes tensões.
Soldados em Rehovot, Israel, cidade atingida por um ataque de mísseis iranianos, no domingo, 15 de junho de 2025. Autoridades iranianas alertaram que a participação dos EUA em um ataque às suas instalações colocará em risco qualquer chance de um acordo de desarmamento nuclear, que o presidente Donald Trump insiste ainda ter interesse em negociar. (Foto: Avishag Shaar-Yashuv/The New York Times)
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WASHINGTON — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta uma decisão crucial em meio ao conflito entre Israel e Irã. Ele deve decidir se apoia Israel em um ataque à instalação de enriquecimento nuclear em Fordow, que requer a utilização da poderosa bomba GBU-57, lançada por bombardeiros B-2. Essa ação poderia envolver os EUA diretamente em um novo conflito no Oriente Médio, contrariando promessas anteriores de evitar guerras na região.
As autoridades iranianas já alertaram que um ataque americano às suas instalações nucleares comprometeria qualquer possibilidade de um acordo de desarmamento. Apesar disso, Trump expressou interesse em manter canais diplomáticos abertos, afirmando que o Irã "quer fazer um acordo". No entanto, sua recente declaração pedindo a evacuação de Teerã sugere uma escalada nas tensões.
Diplomacia e Pressão
A Casa Branca anunciou que Trump deixaria a cúpula do G7 mais cedo devido à situação no Oriente Médio, afirmando que "vamos fazer alguma coisa". O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, sinalizou abertura para negociações, afirmando que um telefonema de Washington poderia facilitar a diplomacia. Contudo, se as negociações falharem, Trump poderá optar por atacar Fordow, o que, segundo especialistas, exigiria uma operação militar complexa.
A instalação de Fordow é considerada central para o programa nuclear iraniano. Se permanecer intacta, o Irã poderá continuar seu desenvolvimento nuclear, mesmo após ataques. A pressão sobre Trump aumenta, com figuras como o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o senador Lindsey Graham defendendo uma ação decisiva contra o programa nuclear iraniano.
Divisões Internas
No entanto, há divisões dentro do Partido Republicano sobre a intervenção militar. O grupo anti-intervencionista, representado por figuras como Tucker Carlson, argumenta que os EUA devem evitar se envolver em mais guerras no Oriente Médio. Por outro lado, no Pentágono, há preocupações de que recursos destinados a conflitos na região possam comprometer a estratégia de contenção da China.
Trump, por enquanto, tenta equilibrar a pressão por ação militar com a busca por uma solução diplomática. A situação continua a evoluir, e a decisão do presidente poderá ter repercussões significativas para a dinâmica no Oriente Médio e para a política externa dos EUA.
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