19 de jun 2025


EUA preparam bomba de 14 toneladas para atacar laboratórios nucleares do Irã
Irã intensifica defesas nucleares com túneis em Natanz e alcança níveis de urânio de até 83,7%, desafiando ações dos EUA.

GBU-57/B Massive Ordnance Penetrator (MOP) dos EUA — Foto: Força Aérea dos EUA
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A instalação nuclear de Fordow, no Irã, é uma das mais protegidas do mundo, construída em uma montanha para resistir a ataques. Os Estados Unidos possuem a bomba GBU-57/B, conhecida como "bunker buster", projetada para destruir estruturas subterrâneas. Essa bomba, com 13.600 quilos, é considerada a única capaz de atingir efetivamente a instalação.
Recentemente, o Irã começou a escavar túneis próximos à instalação de Natanz, aumentando a profundidade de suas defesas. Imagens de satélite indicam que Natanz pode ter entre 80 e 100 metros de profundidade, superando o alcance do MOP, que é de 60 metros. Essa construção foi iniciada após a retirada dos EUA do acordo nuclear em 2018, quando o país alegou que o pacto não abordava o programa de mísseis iraniano.
Aumento das Defesas
A instalação de Natanz, que já foi alvo de ataques, é protegida por baterias antiaéreas e pela Guarda Revolucionária do Irã. Especialistas afirmam que a nova construção pode não apenas abrigar centrífugas, mas também ser utilizada para enriquecer urânio. Desde o fim do acordo nuclear, o Irã tem enriquecido urânio a níveis de até 60%, com indícios de que já produziu partículas com 83,7% de pureza.
Embora a bomba GBU-57/B represente uma significativa capacidade de dissuasão, especialistas alertam que ela pode não ser suficiente para desmantelar completamente o programa nuclear iraniano. Mesmo que um ataque militar destrua as principais instalações, o conhecimento sobre enriquecimento de urânio e tecnologia de reatores permaneceria intacto.
Implicações Estratégicas
A Força Aérea dos EUA tem atualizado suas capacidades de ataque com o MOP, incluindo melhorias na integração com o bombardeiro B-2 Spirit. Testes recentes também foram realizados com bombardeiros B-52, ampliando as opções de uso da arma. Em outubro de 2022, bombardeiros B-2 foram utilizados em ataques no Iémen, sinalizando uma mensagem ao Irã.
A situação permanece tensa, com o Irã intensificando suas defesas enquanto os EUA buscam maneiras de neutralizar a ameaça nuclear. O futuro do programa nuclear iraniano e as respostas militares dos EUA continuam a ser um tema central nas relações internacionais.
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