Israel ataca autoridades iranianas superando defesa aérea do país

O conflito entre Irã e Israel atingiu seu sexto dia, resultando em 248 mortos, sendo 224 no Irã, incluindo líderes militares e cientistas. Israel tem realizado ataques aéreos em alvos estratégicos, enquanto o Irã responde com mísseis e drones.

Israel supostamente neutralizou as defesas aéreas iranianas, permitindo que suas forças atingissem instalações nucleares. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o país trabalhou para "retirar as camadas de proteção" das defesas do Irã. Desde o ano passado, Israel tem atacado repetidamente as defesas iranianas, incluindo sistemas antiaéreos russos S-300.

Superioridade Aérea

A avaliação de especialistas indica que Israel agora controla o espaço aéreo do Irã. O embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, declarou que "abrimos os céus do Irã", sugerindo uma quase total superioridade aérea. O professor de Relações Internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, corroborou essa afirmação, destacando que os ataques ocorrem tanto de dia quanto à noite.

Os caças F-35 israelenses, com tecnologia que reduz a detecção por radares, têm sido fundamentais para essa estratégia. Além disso, há indícios de que serviços de inteligência israelenses podem ter sabotado sistemas de defesa iranianos, aumentando a vulnerabilidade do país.

Isolamento do Irã

O Irã enfrenta um cenário de isolamento, com a perda de aliados estratégicos, como a Síria. O professor Kai Enno Lehmann, da USP, aponta que o regime iraniano não estava preparado para o atual conflito, enfrentando pressão interna e problemas econômicos. O orçamento militar do Irã, de cerca de 7,4 bilhões de dólares, é significativamente inferior ao de Israel, que é de aproximadamente 19 bilhões de dólares.

Apesar da situação crítica, alguns sistemas de defesa iranianos permanecem intactos. Autoridades iranianas afirmam ter abatido drones israelenses, embora a eficácia de suas defesas tenha sido severamente comprometida. O Irã ainda possui uma variedade de opções de ataque, incluindo mísseis balísticos e drones, que continuam a representar uma ameaça para Israel.