19 de jun 2025

Beirute se posiciona entre as influências de Teerã e Tel Aviv
Libaneses reagem com celebrações à interceptação de mísseis iranianos por Israel, evidenciando a divisão de opiniões no país.

Ali Mallah fuma narguilé nos escombros de seu prédio em Ain Qana, no sul do Líbano, destruído por ataque aéreo israelense (Foto: Mahmoud Zayyat/AFP)
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Imagens de libaneses celebrando a interceptação de mísseis iranianos por Israel se tornaram virais nas redes sociais. Essa cena reflete a complexidade das opiniões no Líbano sobre o conflito entre Irã e Israel, onde a população frequentemente se vê dividida entre dois inimigos.
Historicamente, o Líbano tem sido um campo de batalha entre Israel e o Hezbollah, grupo xiita aliado ao Irã. Os libaneses, que já pagaram um alto preço em conflitos passados, não apoiam a agenda do Hezbollah, embora muitos não vejam Israel com bons olhos. A guerra entre esses dois países tem devastado cidades libanesas, com Beirute sendo alvo de bombardeios frequentes.
O Hezbollah, que surgiu durante a ocupação israelense no Líbano, tem enfrentado Israel em várias ocasiões, mas a destruição em solo libanês sempre foi mais intensa. Enquanto Israel e Irã trocam ataques, os libaneses observam com preocupação, já que a capital libanesa sofreu com os conflitos ao longo das décadas.
A atual escalada de tensões se intensificou com a decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de bombardear o Irã. A resposta iraniana, com mísseis direcionados a Israel, trouxe um novo capítulo ao conflito, mas os libaneses temem que Beirute possa ser novamente afetada.
A guerra, que já é chamada de "guerra entre cidades", envolve Tel Aviv e Teerã, mas Beirute, por enquanto, permanece fora do alcance direto. Contudo, a incerteza sobre o futuro do Líbano persiste, com a possibilidade de um novo ciclo de violência sempre à espreita.
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