19 de jun 2025

Israel mantém operações em Gaza e Irã com estratégia calculada, afirma analista
Israel intensifica operações em Gaza e no Irã, utilizando tecnologia avançada e apoio dos EUA, enquanto o Hamas se torna cada vez mais ineficaz.

Chefe de gabinete das Forças Armadas de Israel, Herzi Halevi, conversa com soldados do Exército (Foto: Divulgação/Forças de Defesa de Israel)
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Desde outubro de 2023, Israel enfrenta um conflito na Faixa de Gaza, onde o Hamas está debilitado. Recentemente, o país intensificou suas operações, agora também em confronto com o Irã, após bombardeios a instalações nucleares iranianas. A escalada de tensões resultou em mais de 50 mortes em Khan Younis, Gaza, durante ataques aéreos.
Especialistas afirmam que o exército israelense consegue operar em duas frentes com tranquilidade, devido ao enfraquecimento do Hamas e ao uso de tecnologia avançada. As Forças de Defesa de Israel reconfiguraram suas tropas, reduzindo o efetivo terrestre, enquanto mantêm ataques aéreos em Gaza e no Irã. O Hamas, segundo analistas, está quase inoperante.
Israel utiliza caças F-35I e drones para realizar ataques de longo alcance, apoiados por inteligência artificial que automatiza a seleção de alvos. Essa tecnologia permite que Israel mantenha campanhas intensas com menos militares. O apoio logístico dos Estados Unidos, que enviou aviões de combate para a região, também é crucial.
Dinâmicas Regionais
A relação entre o Irã e o Hamas, que inclui fornecimento de armas e treinamento, continua, mas não há evidências de uma operação conjunta. O Hamas enfrenta dificuldades operacionais após os confrontos de 2023, enquanto o Irã se mostra cauteloso para não provocar uma escalada direta com potências ocidentais.
A situação em Gaza tem gerado um deslocamento de foco nas discussões internacionais. Conferências da ONU sobre o reconhecimento da Palestina foram adiadas, e protestos por acordos humanitários foram suspensos. Essa mudança de atenção permite que Israel continue suas operações, causando destruição no enclave.
Fernando Brancoli, professor da UFRJ, destaca que a estratégia de Israel é favorecida por uma combinação de fatores, incluindo a recalibração do discurso ocidental sobre a ameaça iraniana. Os ataques recentes levaram líderes do G7 e da União Europeia a defenderem a autodefesa preventiva, alterando a pressão sobre o conflito em Gaza e revitalizando a imagem de Netanyahu como líder de segurança.
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