19 de jun 2025

Paquistão avança em proibição de práticas ocultistas e astrólogos temem consequências
Governo do Paquistão aprova lei que penaliza práticas ocultas, gerando temor entre astrólogos e curandeiros sobre a liberdade espiritual.

Bandeira do Paquistão (Foto: Unsplash)
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Contexto da Legislação
O governo do Paquistão aprovou um projeto de lei que visa reprimir práticas ocultas, impondo penas severas a quem oferecer serviços sobrenaturais. A legislação, que já passou pelo Senado, prevê até sete anos de prisão e multas significativas. Essa medida gera preocupações entre praticantes espirituais em um país onde a espiritualidade é parte da cultura.
Reações dos Praticantes
Shahbaz Anjum, astrólogo com 24 anos de experiência em Lahore, afirma que seu trabalho é ajudar as pessoas, sem prometer curas ou magia. Ele expressa preocupação com a nova lei, que pode confundir espiritualidade com charlatanismo. Aiysha Mirza, curandeira espiritual, critica a falta de entendimento do governo sobre suas práticas e sugere a criação de uma nova Autoridade de Religião e Metafísica.
Divisão de Opiniões
Os defensores da legislação argumentam que ela é necessária para combater fraudes. Faisal Saleem, presidente do Comitê de Assuntos Internos do Senado, destaca a proliferação de anúncios enganosos que promovem feitiçaria e charlatanismo. Por outro lado, Syed Ali Zanjani, de um centro espiritual em Rawalpindi, acredita que a intenção da lei é válida, mas alerta para os riscos de sua aplicação.
Contexto Cultural
O Paquistão é um país com uma rica tradição espiritual, onde práticas como astrologia coexistem com uma sociedade conservadora. Apesar de estudiosos islâmicos considerarem essas práticas incompatíveis com a fé, muitos cidadãos buscam conforto em rituais e crenças. Shabana Ali, taróloga em Islamabad, se recusa a se registrar com o governo, afirmando que a legislação limita a diversidade espiritual.
Desafios da Legislação
A nova lei segue para a câmara baixa do parlamento, onde será debatida. Grupos de direitos humanos alertam que legislações vagas podem ser mal interpretadas e usadas como armas contra práticas espirituais. A discussão sobre a regulamentação do ocultismo no Paquistão reflete um dilema entre a proteção contra fraudes e a liberdade de crença.
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