Política

Israel justifica ataque ao Irã com argumentos semelhantes aos da Rússia na Ucrânia

Israel intensifica ataques ao Irã, enquanto especialistas questionam a legalidade das justificativas de autodefesa de ambos os países.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (Foto: Reprodução)

Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (Foto: Reprodução)

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Israel tem intensificado bombardeios ao Irã, alegando a necessidade de uma operação "antecipatória" contra suas instalações nucleares. Essa justificativa é comparada por especialistas em direito internacional ao argumento utilizado pela Rússia ao invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022.

O professor Marko Milanovic, da Universidade de Reading, destaca que ambos os países utilizam a alegação de autodefesa de forma questionável. Segundo ele, o discurso de Vladimir Putin, que afirmava a necessidade de proteger a Rússia de um ataque iminente da Ucrânia, é similar ao que Israel apresenta sobre o Irã. Milanovic afirma que essa lógica não se sustenta legalmente no direito internacional.

A ONU já indicou que os ataques israelenses podem ter violado a lei internacional, especialmente em relação ao direito humanitário, uma vez que resultaram em mortes de civis. Israel, por sua vez, nega qualquer ilicitude, afirmando que suas ações são uma resposta a uma potencial ameaça iraniana.

Análise das Justificativas

Especialistas como Matthias Goldmann, da Universidade EBS Wiesbaden, argumentam que não havia um ataque iminente por parte do Irã. A simples posse de armas nucleares não justifica um ataque, e a falta de esgotamento de alternativas diplomáticas por parte de Israel é um ponto levantado por Michael Schmitt, da academia militar americana West Point.

A situação atual levanta preocupações sobre a legitimidade das ações de Israel e da Rússia sob a ótica do direito internacional. Milanovic alerta que a utilização de argumentos de autodefesa para justificar ataques pode minar o sistema jurídico internacional.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente, com a ONU pedindo soluções diplomáticas para o conflito. A resposta de Israel e a postura da Rússia e da China, aliadas do Irã, indicam um cenário complexo e tenso no Oriente Médio.

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