23 de jun 2025

Israel oculta arsenal nuclear e impede inspeções internacionais em seu território
Israel intensifica tensões no Oriente Médio após bombardeios ao Irã e declarações sobre uso de armas nucleares em Gaza.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aponta para gráfico mostrando evolução do programa nuclear do Irã, durante assembleia da ONU, em setembro de 2012 (Foto: Lucas Jackson/Reuters)
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Israel, uma potência nuclear com pelo menos 90 armas nucleares, enfrenta crescente tensão no Oriente Médio. O ministro do Patrimônio, Amichai Eliyahu, sugeriu o uso de armas nucleares em Gaza durante o conflito com o Hamas, o que levanta preocupações sobre a escalada do conflito.
Recentemente, Israel bombardeou o Irã, alegando que o país estava próximo de desenvolver uma bomba atômica. Essa ação intensificou as tensões na região, onde Israel tem um histórico de impedir que outras nações do Oriente Médio adquiram armamento nuclear. O país nunca assinou o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que conta com a adesão de 190 países.
Histórico Nuclear de Israel
Israel iniciou seu programa nuclear na década de 1950, com a primeira arma sendo construída na década de 1960. Embora não confirme oficialmente a posse de armas nucleares, Israel é um dos nove países reconhecidos como potências nucleares, ao lado de Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia e Coreia do Norte. Estima-se que o país tenha material suficiente para produzir até 200 armas nucleares.
A situação se complica com o Irã, que nega possuir armas nucleares, afirmando que suas usinas têm fins civis. No entanto, o Ocidente acredita que o Irã está próximo de desenvolver armamento nuclear, especialmente após a suspensão das inspeções internacionais em suas instalações nucleares desde 2018.
Implicações Regionais
As ações de Israel e as declarações de Eliyahu geram preocupações sobre uma possível escalada militar na região. A possibilidade de uso de armas nucleares em um conflito já tenso pode provocar uma desestabilização ainda maior. O bombardeio ao Irã, realizado em 13 de junho, foi justificado por Israel como uma medida preventiva contra uma ameaça nuclear iminente.
A situação atual reflete um cenário complexo, onde tanto Israel quanto o Irã mantêm sigilo sobre seus arsenais nucleares. A incerteza sobre o verdadeiro poderio bélico de ambos os países continua a ser uma fonte de preocupação para a segurança regional e global.
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