Alemanha promete contribuição justa para a defesa da Europa no cúpula da Otan

A tensão entre Rússia e Ucrânia se intensifica, com novos ataques russos resultando em mortes. O chanceler alemão, Friedrich Merz, alertou que a cúpula da OTAN, que ocorre em Haia, tem como objetivo garantir a paz na Europa. Merz destacou que o presidente russo, Vladimir Putin, somente entende a linguagem da força e que a Alemanha se comprometerá a investir 3,5% do PIB em defesa.

Durante os ataques em Dnipro, dez pessoas perderam a vida, enquanto a OTAN se prepara para aprovar um novo plano de investimento em defesa. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa da cúpula, que marca sua primeira reunião com líderes da OTAN desde 2019. Os 32 líderes presentes devem se comprometer com gastos de defesa que totalizam 3,5% do PIB e mais 1,5% em infraestrutura relacionada.

Mark Rutte, secretário-geral da OTAN, pediu aos aliados que deixem de lado as preocupações sobre o compromisso dos EUA e foquem em apoiar a Ucrânia. Ele afirmou que a Europa e o Canadá já se comprometeram com mais de 35 bilhões de dólares em apoio militar à Ucrânia neste ano. O chanceler Merz também mencionou que todas as tentativas de negociação com a Rússia falharam até agora.

Os ataques russos continuam a causar estragos, com um ataque de mísseis em Dnipro matando sete pessoas e ferindo outras 70. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que está em Haia, se reunirá com Trump durante a cúpula. A expectativa é que a OTAN aprove um novo plano de investimento que eleva o padrão de gastos em defesa para 5% do PIB.

A maioria dos países da OTAN ainda está abaixo do compromisso de 3,5% até 2035. A Alemanha, no entanto, anunciou um orçamento que visa atingir essa meta até 2029, com 62,4 bilhões de euros destinados à defesa em 2025, aumentando para 152,8 bilhões de euros em 2029. Merz enfatizou que esse investimento é uma resposta à ameaça russa, não um favor aos EUA.

A cúpula da OTAN, que ocorre em um contexto de crescente insegurança, é crucial para a segurança da Europa. Enquanto líderes se reúnem, a situação na Ucrânia continua a exigir atenção e ação imediata.