Política

Trump afirma ao Congresso que Irã estava desenvolvendo armas nucleares

Trump ordena ataque a instalações nucleares no Irã, desconsiderando relatórios de inteligência que negam programa de armas nucleares ativo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anuncia o ataque contra o Irã ao lado do vice-presidente, J. D. Vance, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do de Defesa, Pete Hegseth (Foto: Carlos Barria - 21.jun.25/Reuters)

O presidente dos EUA, Donald Trump, anuncia o ataque contra o Irã ao lado do vice-presidente, J. D. Vance, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do de Defesa, Pete Hegseth (Foto: Carlos Barria - 21.jun.25/Reuters)

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um ataque aéreo a instalações nucleares no Irã, alegando que elas abrigavam um programa de desenvolvimento de armas nucleares. A declaração foi feita em uma carta ao Congresso, enviada na segunda-feira (23), após o bombardeio realizado no sábado (21). O ataque atingiu três locais: Fordow, Natanz e Isfahan.

A afirmação de Trump contrasta com os relatórios das agências de inteligência dos EUA, que indicam que o Irã não possui um programa ativo de armas nucleares. Em março, a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, informou que o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, ainda não havia decidido reiniciar o programa, que foi oficialmente abandonado em 2003. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o Irã enriqueceu urânio a níveis superiores aos necessários para fins civis.

Especialistas alertam que, embora o Irã tenha cerca de 400 kg de urânio enriquecido a 60%, não há evidências de que o regime tenha optado por desenvolver armas nucleares. O país é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (NPT) e mantém uma fatwa que proíbe a produção de armas atômicas. A carta de Trump sugere que ele ignorou as informações disponíveis das agências de inteligência ao ordenar o ataque.

Analistas traçam paralelos com a invasão do Iraque em 2003, quando o então presidente George W. Bush justificou a ação militar com base em alegações de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas. Após o ataque, Trump e seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmaram que a operação "obliterou completamente" o programa nuclear iraniano. No entanto, um relatório confidencial indica que o bombardeio apenas atrasou o programa por alguns meses.

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