EUA e Irã se encontrarão na próxima semana para discutir acordo potencial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país se reunirá com o Irã na próxima semana para discutir um possível acordo nuclear. Apesar da reunião, Trump afirmou que não acredita que um acordo seja necessário, alegando que as capacidades nucleares do Irã foram destruídas.

Durante a cúpula da OTAN em Haia, na Holanda, Trump declarou: "Vamos conversar com o Irã na semana que vem. Talvez assinemos um acordo, não acho que precisamos." Ele ressaltou que o Irã está se recuperando de um conflito e que os EUA não têm interesse em um acordo formal.

Trump também mencionou que seu governo buscaria compromissos semelhantes aos que foram discutidos antes da "guerra dos 12 dias". Ele afirmou que a única exigência seria a mesma de antes, reiterando que as capacidades nucleares do Irã foram efetivamente eliminadas.

Avaliações de Inteligência

Um relatório preliminar da Inteligência dos EUA, revelado pela CNN, contradiz as declarações de Trump. O documento indica que os ataques a três instalações nucleares no Irã atrasaram o programa nuclear do país em apenas alguns meses, e não em anos, como afirmado anteriormente.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, também comentou que os bombardeios não conseguiram destruir completamente o estoque de urânio enriquecido do Irã, mas dificultaram sua capacidade de enriquecimento para fins bélicos. O relatório, elaborado pela Agência de Inteligência de Defesa, sugere que as instalações nucleares não foram totalmente obliteradas, como afirmado por Trump.

Perspectivas de Negociação

Trump revelou que consultou o secretário de Estado, Marco Rubio, sobre a possibilidade de redigir um acordo. Segundo o presidente, se um documento for elaborado, isso não seria negativo. Rubio, por sua vez, destacou que a disposição do Irã para negociar diretamente com os EUA será crucial para o sucesso das conversas.

As avaliações sobre a situação nuclear do Irã continuam em andamento, e novas informações podem alterar as conclusões atuais. A expectativa é que as negociações da próxima semana possam abrir um novo capítulo nas relações entre os dois países.