Trégua entre Israel e Irã não é formalizada e quase fracassa em acordo verbal

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo entre Israel e Irã nesta terça-feira, após intensos combates que duraram 12 dias. A trégua foi mediada em meio a bombardeios mútuos e ataques, com os EUA atuando nas negociações. Trump criticou ambos os lados, especialmente Israel, por não respeitarem a trégua logo após seu anúncio.

O cessar-fogo foi declarado por volta das 18h (19h em Brasília) de segunda-feira, após um ataque americano a instalações nucleares iranianas. Trump expressou descontentamento com Israel, afirmando que não deveria haver bombardeios imediatamente após a trégua. Em suas redes sociais, ele pediu que Israel não realizasse ataques, destacando a importância de manter a paz.

Israel reconheceu ter atacado uma instalação de radar no Irã antes da trégua, mas limitou-se a ações simbólicas após a pressão de Trump. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, celebrou a suposta eliminação de ameaças nucleares iranianas, embora um relatório da Agência de Defesa de Inteligência dos EUA tenha indicado que os ataques apenas atrasaram o programa nuclear iraniano por alguns meses.

Reações e Consequências

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que a trégua é um testemunho da resistência iraniana. Ele condicionou o cumprimento do cessar-fogo à adesão de Israel. A guerra resultou em 610 mortos no Irã e 28 em Israel, refletindo a gravidade do conflito.

Fontes indicam que a decisão de Trump de intervir nas negociações surpreendeu até membros de seu governo. Não houve um acordo formal, mas entendimentos verbais foram estabelecidos, com o Catar atuando como intermediário. A situação permanece tensa, com ambos os lados reivindicando vitórias, mas a verdadeira estabilidade na região ainda é incerta.