26 de jun 2025


EUA defendem sucesso do ataque ao Irã e minimizam avaliação do Pentágono
Secretário de Defesa defende ataques aéreos ao Irã, apesar de relatório do Pentágono indicar impacto limitado no programa nuclear.

Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, discursa durante uma coletiva de imprensa no Pentágono, em 22 de junho de 2025, em Arlington, Virgínia (Foto: Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
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Um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contestar um relatório de Inteligência que indicava impacto limitado dos ataques aéreos contra o Irã, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, defendeu a ação militar. Em coletiva, Hegseth criticou a imprensa por não reconhecer o que chamou de trabalho "histórico" de Trump e destacou o apoio de aliados, como Israel.
Hegseth minimizou as conclusões do Pentágono, que afirmaram que os bombardeios atrasaram o programa nuclear iraniano apenas por alguns meses. A avaliação da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) apontou que os ataques em 22 de junho não atingiram as instalações subterrâneas mais protegidas do Irã. Imagens de satélite corroboram que as principais estruturas não foram danificadas.
Declarações e Reações
Durante a coletiva, Hegseth elogiou a contribuição de Trump para aumentar os gastos com defesa entre os aliados da Otan e atacou a cobertura da mídia, acusando-a de buscar escândalos. Ele afirmou que os ataques criaram condições para um possível fim da guerra entre Israel e Irã, ao mesmo tempo que desconsiderou o relatório do Pentágono como "preliminar" e de "baixa confiança".
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, também desqualificou a avaliação da Inteligência, chamando-a de "completamente errada". O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, descreveu os relatos como "absurdos". O chefe do Exército israelense, Eyal Zamir, afirmou que os ataques atrasaram significativamente os projetos nucleares do Irã.
Posição da AIEA
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reconheceu que o programa nuclear iraniano foi "significativamente atrasado", mas o diretor da agência, Rafael Grossi, destacou a dificuldade em determinar a extensão desse atraso. Ele enfatizou a necessidade de um retorno dos inspetores ao Irã para um engajamento mais eficaz, sugerindo que uma solução diplomática ainda é possível.
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