Política

Ex-diretor da inteligência venezuelana admite culpa em caso de narcoterrorismo nos EUA

Hugo Carvajal se declara culpado de narcotráfico e pode colaborar com investigações sobre Nicolás Maduro e outros oficiais venezuelanos.

Ex-chefe da inteligência militar venezuelana, Hugo Carvajal admitiu ter participado de esquema de narcotráfico ligado às Farc; ele pode pegar prisão perpétua nos EUA (Foto: Reprodução/X)

Ex-chefe da inteligência militar venezuelana, Hugo Carvajal admitiu ter participado de esquema de narcotráfico ligado às Farc; ele pode pegar prisão perpétua nos EUA (Foto: Reprodução/X)

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O ex-diretor da inteligência militar da Venezuela, Hugo "El Pollo" Carvajal, de 65 anos, se declarou culpado de quatro acusações de narcotráfico e narcoterrorismo em um tribunal federal dos Estados Unidos. O anúncio foi feito pelo Departamento de Justiça americano na quarta-feira. Carvajal, que ocupou uma posição de destaque durante o governo de Hugo Chávez, pode enfrentar uma pena máxima de prisão perpétua.

O procurador federal interino de Manhattan, Jay Clayton, destacou a gravidade da situação, afirmando que funcionários de governos estrangeiros estão conspirando para inundar os Estados Unidos com drogas. Carvajal teria utilizado seu cargo na Direção de Inteligência Militar da Venezuela (DIM) para facilitar as operações do Cartel de Los Soles, uma organização criminosa composta por membros das Forças Armadas venezuelanas, em colaboração com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Acusações e Consequências

Além das acusações de narcotráfico, Carvajal enfrenta também acusações relacionadas ao uso de armas e envolvimento em atos violentos, como sequestros e assassinatos. O administrador interino da Administração de Combate às Drogas (DEA), Robert Murphy, afirmou que Carvajal abandonou suas responsabilidades em prol de interesses criminosos, causando danos aos Estados Unidos.

O ex-oficial se declarou culpado em um acordo que pode permitir sua cooperação com as autoridades, oferecendo documentos e testemunhos que implicam o atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outros altos funcionários em atividades ilegais, incluindo tráfico de drogas e fraude eleitoral. Um coacusado, Cliver Antonio Alcalá Cordones, já foi condenado a 21 anos e 8 meses de prisão por fornecer apoio material às Farc.

Extraditação e Relações Diplomáticas

Carvajal foi extraditado da Espanha em julho de 2023, após anos de disputas legais. A sentença final será determinada em breve pelo tribunal federal de Manhattan. As relações entre Caracas e Washington estão rompidas desde 2019, com os Estados Unidos impondo sanções econômicas e um embargo petrolífero à Venezuela.

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