26 de jun 2025




Irã nega retirada de urânio de usinas nucleares antes de ataque dos EUA
Irã retira urânio de Fordow antes de bombardeios dos EUA, enquanto autoridades americanas negam a transferência do material.

Uma imagem de satélite mostra caminhões posicionados perto da entrada da instalação de enriquecimento de combustível de Fordow, próxima a Qom, Irã, em 19 de junho de 2025 (Foto: Maxar Technologies/Divulgação via REUTERS).
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O Irã retirou todo o urânio enriquecido de sua instalação nuclear em Fordow antes dos ataques aéreos dos Estados Unidos, conforme reportou o Financial Times. A informação, baseada em fontes de agências de inteligência europeias, sugere que o material não estava presente durante os bombardeios realizados no último fim de semana.
A instalação de Fordow, localizada a 90 metros de profundidade em uma montanha, é um dos principais locais de enriquecimento de urânio do Irã. O estoque de 408 quilos de urânio enriquecido, próximo ao nível necessário para a produção de armas nucleares, teria sido redistribuído para locais não revelados, evitando danos durante os ataques.
Após a publicação da reportagem, o presidente dos EUA, Donald Trump, negou a retirada do urânio, afirmando que "nada foi retirado" de Fordow. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, também declarou não ter conhecimento de informações que confirmassem a transferência do material. Ele minimizou o impacto do relatório, chamando-o de preliminar.
Reações e Desdobramentos
Os ataques dos EUA, que utilizaram bombas antibunker e mísseis de cruzeiro, atingiram locais estratégicos como Fordow, Natanz e Isfahan. Apesar dos danos significativos em Fordow, a destruição total das instalações não foi confirmada. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, reconheceu os danos, mas considerou exageradas as alegações de destruição completa.
O governo dos EUA anunciou que pretende retomar as conversas com o Irã na próxima semana, embora Trump tenha sugerido que um novo acordo pode não ser necessário após os ataques. A situação continua a gerar tensões internacionais, com especialistas alertando que o Irã ainda pode manter a capacidade de produzir material físsil para armas nucleares.
Enquanto isso, o deputado iraniano Hassan Abedini afirmou que o país não sofreu um grande golpe, pois os materiais foram retirados das instalações nucleares antes dos ataques. A situação permanece sob monitoramento, com desdobramentos incertos sobre os impactos reais dos bombardeios.
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