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Cortes de ajuda global de Trump podem causar 14 milhões de mortes em cinco anos

Cortes na ajuda humanitária dos EUA podem agravar crises alimentares e resultar em mortes evitáveis, principalmente entre crianças.

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Cortes na ajuda humanitária dos EUA podem resultar em 14 milhões de mortes até 2030

A administração de Donald Trump anunciou cortes drásticos no financiamento de ajuda humanitária externa, o que pode levar a mais de 14 milhões de mortes evitáveis até 2030, segundo um estudo publicado na revista The Lancet. A pesquisa destaca que cerca de um terço das vítimas em potencial são crianças.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a administração cancelou mais de 80% dos programas da US Agency for International Development (USAID). Davide Rasella, coautor do estudo, alertou que o impacto desses cortes será comparável a uma pandemia global ou a um grande conflito armado em países de baixa e média renda. Ele enfatizou que a redução abrupta da ajuda pode reverter duas décadas de avanços na saúde de populações vulneráveis.

Impactos nos países em desenvolvimento

Os pesquisadores analisaram dados de 133 países e estimaram que a ajuda da USAID evitou 91 milhões de mortes entre 2001 e 2021. Com os cortes de 83% no financiamento, as projeções indicam que mais de 4,5 milhões de crianças menores de cinco anos podem morrer, resultando em aproximadamente 700 mil mortes infantis por ano.

Apesar de Rubio afirmar que ainda existem cerca de 1.000 programas que serão administrados de forma mais eficaz, a situação nas áreas afetadas não mostra sinais de melhora. Relatos de trabalhadores da ONU indicam que, em campos de refugiados no Quênia, centenas de milhares de pessoas estão "lentamente morrendo de fome" devido à redução das rações alimentares.

Conferência da ONU em Sevilha

O estudo surge em um momento crítico, com líderes mundiais se reunindo em Sevilha para uma conferência de ajuda liderada pela ONU, a maior em uma década. Especialistas alertam que a falta de ação pode levar a um colapso no sistema de ajuda humanitária, com consequências devastadoras para milhões de vidas. A necessidade de reafirmar o compromisso com a cooperação internacional é mais urgente do que nunca.

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