01 de jul 2025

Irã descarta retomada de negociações com os EUA, afirma chanceler do país
Irã condiciona diálogo com os EUA à garantia de segurança após ataques a instalações nucleares, enquanto Netanyahu visita Washington.

Chanceler do Irã, Abbas Araghchi, durante entrevista coletiva no Conselho de Ministros das Relações Exteriores da OCI (Organização para a Cooperação Islâmica) (Foto: Ozan Kose - 22.jun.2025/AFP)
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O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou nesta segunda-feira (30) que o país não está disposto a retomar imediatamente o diálogo com os Estados Unidos. A declaração ocorre após recentes ataques a instalações nucleares iranianas, que aumentaram as tensões entre as nações. Araghchi destacou que é essencial garantir a segurança do Irã antes de qualquer negociação.
Em entrevista à CBS News, o chanceler iraniano declarou: "Não acredito que as negociações serão retomadas tão rapidamente". Ele enfatizou que, para que o Irã considere o engajamento, é necessário assegurar que os EUA não realizem novos ataques durante as conversas. Apesar da situação, Araghchi afirmou que "as portas da diplomacia nunca se fecharão", mas que será preciso tempo para avançar.
A declaração de Araghchi contrasta com as afirmações do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu que as autoridades de ambos os países se reuniriam nesta semana. Trump comparou os ataques a instalações iranianas com os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, afirmando que isso poderia levar ao fim do conflito. No entanto, a eficácia dos ataques em relação ao programa nuclear do Irã permanece incerta, com agências de inteligência americanas apresentando informações contraditórias.
Reação do Irã
Araghchi reiterou que o Irã está determinado a reconstruir suas instalações nucleares, considerando o programa uma questão de "orgulho e glória nacional". Ele destacou que a população não desistirá facilmente do enriquecimento de urânio, mesmo após os bombardeios. Atualmente, o Irã enriquece urânio a 60%, próximo do nível necessário para a produção de armas nucleares.
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, planeja visitar os EUA na próxima semana para discutir questões comerciais e de segurança com Trump e outros líderes. Netanyahu considera a recente guerra de 12 dias como uma "grande vitória" e busca finalizar acordos comerciais pendentes.
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