Política

Negócios lucrativos sustentam 'campanha genocida' em Gaza, afirma especialista da ONU

Relatório da ONU aponta mais de 60 empresas por apoio a Israel e operações em Gaza, chamando ações de "campanha genocida".

Crianças sobre os escombros de uma construção residencial em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza (Foto: Eyad Baba/1.jul.25/AFP)

Crianças sobre os escombros de uma construção residencial em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza (Foto: Eyad Baba/1.jul.25/AFP)

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Uma especialista da ONU, Francesca Albanese, divulgou um relatório que menciona mais de 60 empresas, incluindo grandes fabricantes de armas e tecnologia, por seu papel no apoio aos assentamentos israelenses e às operações militares em Gaza. O documento, publicado nesta segunda-feira (30), descreve essas ações como parte de uma "campanha genocida".

O relatório foi elaborado com base em mais de 200 contribuições de Estados, defensores de direitos humanos e acadêmicos. Albanese pede que as empresas interrompam suas relações comerciais com Israel e que os executivos envolvidos em violações do direito internacional sejam responsabilizados. Ela afirma que o genocídio em Gaza é lucrativo para muitos.

A missão de Israel na ONU rejeitou as alegações, considerando o relatório "juridicamente infundado" e um abuso de poder. O governo israelense argumenta que suas ações são uma resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes e 251 reféns. Desde então, mais de 56 mil pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.

Empresas Citadas

O relatório agrupa as empresas por setor, mas não esclarece sempre suas ligações com os assentamentos ou a guerra. Entre as citadas estão Lockheed Martin e Leonardo, que fornecem armamentos usados em Gaza. Também são mencionadas Caterpillar Inc e HD Hyundai, cujos equipamentos contribuíram para a destruição de propriedades palestinas.

Empresas de tecnologia como Alphabet, Amazon, Microsoft e IBM foram destacadas por seu papel no aparelho de vigilância de Israel. A Alphabet defendeu seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo israelense, afirmando que não é destinado a operações militares.

Repercussões e Próximos Passos

O relatório amplia um banco de dados anterior da ONU sobre empresas ligadas aos assentamentos israelenses e será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na quinta-feira (3). Embora o Conselho não tenha poderes vinculativos, suas investigações podem influenciar processos judiciais internacionais.

Israel e os Estados Unidos se retiraram do Conselho no início deste ano, alegando falta de imparcialidade. O relatório de Albanese destaca a intersecção entre negócios e conflitos, evidenciando a complexidade da situação em Gaza e as implicações para os direitos humanos.

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