Israelenses tentam barrar proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por republicano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tregua de 60 dias entre Israel e Hamas, em meio a um conflito que já resultou em milhares de mortes em Gaza. O anúncio foi feito na madrugada de terça-feira, enquanto o governo israelense discute a liberação de reféns.

A situação em Gaza permanece crítica, com 48 mortes registradas nas últimas horas, segundo fontes locais. O chanceler israelense, Gideon Saar, expressou otimismo em relação à proposta de Trump, afirmando que há uma maioria no governo a favor da libertação dos reféns. No entanto, tensões internas no gabinete de Benjamin Netanyahu complicam as negociações.

Tensão no Gabinete Israelense

O gabinete de Netanyahu enfrenta divisões sobre a abordagem a ser adotada. O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, estão pressionando contra a aceitação da tregua, temendo que isso comprometa a segurança de Israel. Enquanto isso, o ex-primeiro-ministro Yair Lapid ofereceu apoio a Netanyahu para facilitar um acordo de troca de reféns.

A proposta de Trump não menciona explicitamente a questão dos reféns, que é uma preocupação central para a população israelense. O primeiro-ministro israelense se reunirá com Trump em Washington no próximo fim de semana, em um momento em que sua popularidade está em queda.

Avanços nas Negociações

Fontes próximas às negociações indicam que pode haver um avanço em relação à liberação dos reféns. Hamas, por sua vez, sinalizou disposição para um acordo de cessar-fogo, mas exige o fim das hostilidades e a retirada das tropas israelenses de Gaza. A situação humanitária na região é alarmante, com relatos de escassez de alimentos e condições de vida precárias.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu a Washington que pressione Israel para encerrar a ocupação, incluindo Gaza. A pressão sobre Netanyahu aumenta, especialmente em um contexto de crescente insatisfação popular e críticas à sua gestão do conflito.