Política

Brics enfrenta ausências e cúpula ambiciosa se torna improvável

Cúpula do Brics no Brasil enfrenta ausências de líderes importantes, mas Brasil busca fortalecer laços com a Índia e discutir combate à pobreza.

Presidente do Brasil, Luíz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da Primeira Reunião Sherpas da presidência brasileira do BRICS, em fevereiro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Na foto, o ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, ao lado de Lula (Foto: Wilton Junior/ESTADÃO)

Presidente do Brasil, Luíz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da Primeira Reunião Sherpas da presidência brasileira do BRICS, em fevereiro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Na foto, o ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, ao lado de Lula (Foto: Wilton Junior/ESTADÃO)

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A cúpula do Brics, marcada para a próxima semana no Brasil, contará com a ausência de pelo menos quatro líderes, incluindo Xi Jinping e Vladimir Putin. Essas ausências, motivadas por diferentes razões, podem impactar simbolicamente o evento, que se propõe a discutir a reforma da governança global e temas da política internacional.

A ausência de Putin já era esperada, devido a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional. O Brasil, signatário do estatuto de Roma, teria a obrigação de detê-lo. Por outro lado, a falta de Xi Jinping, que alegou compromissos de agenda, representa um marco, sendo a primeira vez que o presidente chinês não participa da cúpula. Essa situação pode refletir uma certa fadiga nas relações entre Brasil e China, especialmente após encontros recentes entre os dois líderes.

Além disso, os líderes do Egito e do Irã também não estarão presentes, em meio a tensões regionais relacionadas ao conflito na Faixa de Gaza. Com tantas ausências, a expectativa é que a cúpula não aborde pautas ambiciosas, mas sim reforce posições já consolidadas no grupo.

Oportunidades para o Brasil

Apesar do cenário desfavorável, surgem oportunidades para o Brasil. A primeira é intensificar a diplomacia em torno do combate à pobreza e à fome, dando continuidade aos esforços iniciados no G20. A segunda é fortalecer a parceria com a Índia, que se tornará ainda mais relevante, especialmente após a cúpula, quando o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitará Brasília.

A relação entre Brasil e Índia, embora geograficamente distante, tem se solidificado nas últimas décadas. Os dois países colaboram em diversos fóruns, como o G4 e o IBAS, e têm potencial para expandir parcerias em áreas como tecnologia e defesa. Essa aproximação pode oferecer ao Brasil um aliado estratégico, evitando dependências de potências como os Estados Unidos e minimizando tensões internas relacionadas à compra de armamentos.

Com a cúpula se aproximando, o foco deve ser na construção de laços mais fortes com a Índia, aproveitando a ausência de outras lideranças para destacar a importância dessa parceria no cenário global.

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