03 de jul 2025

Caminhos para o desenvolvimento sustentável na América Latina em tempos de crise
Conferência em Sevilla clama por um novo modelo de desenvolvimento que priorize o bem estar humano e a ação da sociedade civil diante da crise global.

Um peatón en el distrito financiero de Panamá, el 29 de diciembre de 2024. (Foto: Mauricio Valenzuela/Bloomberg)
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A IV Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, realizada em Sevilla, destaca a urgência de um novo paradigma que priorize o bem-estar humano e planetário. O evento reúne líderes e especialistas para discutir a necessidade de repensar o sistema financeiro global e a cooperação internacional.
Neste contexto, a sociedade civil se torna um ator central, enfrentando um retrocesso na cooperação internacional. As organizações de base comunitária têm um papel vital, apoiando as populações vulneráveis e promovendo políticas públicas inovadoras. No entanto, a diminuição do apoio internacional gera uma tensão significativa, refletindo uma tendência mais ampla de insatisfação com o modelo de desenvolvimento atual.
Os debates em Sevilla abordam questões como impostos globais, reforma do sistema financeiro e novos mecanismos de cooperação. A atual "policrise" — que combina estagnação econômica, retrocesso democrático e crise climática — exige soluções integradas e sustentáveis. A diretora do Centro de Implementação de Políticas Públicas para a Equidade e o Crescimento (CIPPEC), Gala Díaz Langou, enfatiza que o modelo de desenvolvimento pós-guerra não atende mais às necessidades da população.
Para avançar, é essencial revalorizar o papel da cidadania e construir uma noção de cidadania global que inclua direitos civis, políticos e sociais. A proposta é que o setor privado assuma uma corresponsabilidade ativa, indo além da filantropia e da responsabilidade social empresarial. A financiamento para o desenvolvimento deve ser repensado com um foco em resultados concretos e em um compromisso compartilhado.
A conferência reforça que o mudança é urgente e requer decisões políticas ousadas e novos pactos fiscais globais. América Latina, com sua rica história de lutas sociais e inovação comunitária, tem muito a contribuir para esse novo paradigma. A construção do futuro depende de um esforço coletivo que escute e empodere as vozes da sociedade civil.
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