04 de jul 2025

Presidente americano flexibiliza sanções e libera acesso a recursos russos
EUA não impõem novas sanções à Rússia, enquanto a UE assume a liderança na pressão econômica contra Moscou e suas redes de apoio.

Vladimir Putin, the president of Russia, during the Victory Day parade on May 9 (Photo: Nanna Heitmann/NYT) Vladimir Putin, o presidente da Rússia, durante a parada pelo Dia da Vitória, em 9 de maio (Foto: Nanna Heitmann/NYT)
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Desde que Donald Trump reassumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro, o país não impôs novas sanções à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia. Essa inação permitiu que empresas de fachada fornecessem componentes críticos, como chips de computador e equipamentos militares, ao Kremlin. Analistas alertam que a falta de novas restrições pode comprometer a eficácia das sanções já existentes.
Durante a administração de Joe Biden, os EUA impuseram mais de 6,2 mil sanções a entidades ligadas à Rússia, com uma média de 170 novas sanções mensais entre 2022 e 2024. No entanto, a ausência de novas medidas sob Trump abre espaço para que empresas na China e em Hong Kong vendam materiais restritos à Rússia. Um exemplo é a HK GST Limited, que oferece chips essenciais para mísseis de cruzeiro russos.
Críticas Bipartidárias
A inação do governo Trump gerou críticas tanto de republicanos quanto de democratas, que afirmam que essa postura enfraquece os esforços ocidentais para conter a agressão russa. Um porta-voz da Casa Branca declarou que Trump está incentivando um diálogo entre líderes da Rússia e da Ucrânia, mas a falta de novas sanções é vista como um sinal de desengajamento.
A União Europeia agora lidera a imposição de sanções, embora suas restrições sejam menos abrangentes em comparação com as dos EUA. Especialistas indicam que a mudança na abordagem americana pode permitir que a Rússia encontre novas maneiras de contornar as sanções, consolidando redes de empresas que facilitam o acesso a recursos críticos.
Novas Propostas Legislativas
Em resposta à situação, membros do Congresso dos EUA estão propondo novas legislações para enfrentar a Rússia. Um projeto de lei, co-patrocinado pelos senadores Lindsey Graham e Richard Blumenthal, visa impor tarifas de 500% sobre países que continuem comprando energia russa. Essa proposta busca reequilibrar a situação na Ucrânia, onde as forças ucranianas enfrentam desafios crescentes.
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