Trump promete erradicar a gangue MS-13 envolvida em violência e corrupção

As deportações de membros da gangue MS-13, realizadas pelo governo Trump, podem comprometer investigações em andamento sobre a organização criminosa, conforme reporta o jornal The New York Times. A MS-13, ou Mara Salvatrucha, foi fundada por imigrantes salvadorenhos em Los Angeles na década de 1980, como uma resposta à violência e à repressão durante a guerra civil em El Salvador.

A gangue, que se espalhou pelos Estados Unidos e América Central, é conhecida por sua brutalidade e envolvimento em diversos crimes, incluindo tráfico de drogas e extorsão. Desde 2012, a MS-13 é classificada como uma organização criminosa transnacional. O grupo recruta jovens em situação de vulnerabilidade, impondo rituais de iniciação violentos.

Operação Vulcan

A operação "Vulcan", uma força-tarefa do governo dos EUA, visa desmantelar a liderança da MS-13. No entanto, a deportação de membros da gangue pode prejudicar essa investigação. O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, expressou apoio à deportação, mas há indícios de corrupção que ligam seu governo à gangue. Promotores americanos acumulam evidências de que líderes da MS-13 concordaram em reduzir a violência em troca de apoio político e vantagens financeiras.

Bukele nega qualquer pacto com a gangue, mas a situação levanta preocupações sobre a eficácia das investigações. O acordo entre Bukele e Trump contraria promessas de erradicação da MS-13, colocando em risco a operação "Vulcan" e a colaboração de testemunhas em processos judiciais.

Consequências das Deportações

As deportações podem resultar em uma diminuição da disposição de outros membros da gangue em cooperar com as autoridades. Além disso, a relação entre Bukele e a MS-13 pode dificultar a luta contra a criminalidade em El Salvador. O governo dos EUA, que prometeu combater a gangue, enfrenta um dilema ao lidar com a complexidade das relações políticas e criminais na região.