06 de jul 2025



Líder supremo do Irã faz sua primeira aparição pública desde o início da guerra com Israel
A aparição de Khamenei em Ashura fortalece a narrativa de resistência do regime iraniano diante das pressões externas.

Iranianos marcham em apoio ao aiatolá Khamenei e aos líderes militares mortos em ataques israelenses, em Teerã (Foto: Arash Khamooshi/The New York Times)
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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez sua primeira aparição pública em semanas durante a cerimônia religiosa de Ashura, na noite de sábado, em Teerã. Sua presença, após um período de especulações sobre sua saúde, ocorre em meio a tensões crescentes com Israel e os Estados Unidos.
Khamenei, que não se manifestava publicamente desde o início do conflito com Israel, foi recebido com entusiasmo por uma multidão na mesquita do imã Khomeini. Ao entrar, vestindo uma túnica clerical preta, foi saudado com gritos de apoio, refletindo a energia de seus apoiadores. A aparição foi vista como uma tentativa de reafirmar a normalidade e a resistência do regime iraniano.
Durante semanas, o líder se manteve em um bunker, o que alimentou rumores sobre sua condição. Em mensagens anteriores, Khamenei parecia debilitado, mas sua participação na cerimônia de Ashura, que celebra o martírio do imã Hussein, sugere um retorno à vida pública. O evento, que marca um período de luto e celebração da identidade xiita, foi dominado por um forte sentimento nacionalista em resposta aos ataques israelenses.
Reações e Contexto
A presença de Khamenei energizou seus apoiadores, que viam isso como um sinal de resistência. O especialista Omid Memarian destacou que a aparição permitirá ao regime promover a narrativa de que nem Washington nem Tel Aviv conseguiram desmantelar o governo iraniano. A cerimônia de Ashura, que culmina um período de luto de dez dias, foi marcada por canções patrióticas, refletindo um movimento de nacionalismo crescente.
Enquanto isso, manifestações ocorreram em outras partes do mundo, como no Brasil, onde a organização StandWithUs Brasil protestou contra a opressão de minorias no Irã. O ato, que coincidiu com a Cúpula do Brics, destacou a complexidade das relações internacionais e a luta interna no Irã.
A aparição de Khamenei em um momento crítico pode ser vista como uma tentativa de reafirmar a autoridade do regime, enquanto as manifestações no exterior ressaltam a crescente pressão sobre o governo iraniano. A presença do líder supremo, após semanas de ausência, simboliza um desafio às ameaças externas e uma reafirmação do controle do regime.
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