Brics reforça compromisso com financiamento climático e pede ação das nações ricas

Em um recente encontro, os países do Brics adotaram uma declaração conjunta que enfatiza a necessidade de aumentar o financiamento climático, visando ações de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. O evento ocorreu durante a presidência brasileira do bloco e antecede a COP30, marcada para novembro em Belém.

O documento destaca a vulnerabilidade das nações em desenvolvimento e cobra maior engajamento dos países desenvolvidos. Os líderes do Brics reafirmaram seu compromisso com o Acordo de Paris e ressaltaram que a mudança climática é um dos maiores desafios globais. A declaração pede um aumento significativo no financiamento, com a meta de US$ 300 bilhões anuais para ações climáticas nos países em desenvolvimento.

Os países em desenvolvimento, embora contribuam menos para as mudanças climáticas, são os mais afetados por seus impactos. A declaração solicita que os países ricos cumpram suas obrigações financeiras sem comprometer a assistência a outras necessidades, como a erradicação da pobreza. O Brasil, por sua vez, busca garantir um compromisso de US$ 1,3 trilhão anuais para ações climáticas na COP30.

Reformas Necessárias

Os líderes do Brics também abordaram a necessidade de reformas na arquitetura financeira internacional. O objetivo é facilitar o acesso a investimentos e atender às demandas específicas das nações em desenvolvimento. A declaração menciona que ainda existem lacunas significativas no financiamento necessário para essas nações.

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o "Banco do Brics", foi destacado como um ator crucial no financiamento climático. A instituição se comprometeu a destinar 40% de seus recursos a projetos relacionados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Além disso, o Brics anunciou uma parceria para eliminar Doenças Socialmente Determinadas (DSDs), visando fortalecer sistemas de saúde e ampliar o acesso a vacinas e saneamento básico. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de pesquisas sobre doenças que afetam principalmente o Sul Global, ressaltando a necessidade de uma ação mais efetiva.