08 de jul 2025
Lula critica Brics autoritário como movimento anticapitalista em discurso recente
Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro reforça a imagem do bloco como defensor de regimes autoritários e ignora violações de direitos humanos.

Lula discursa no encerramento da cúpula do Brics (Foto: Pablo Porciuncula/AFP)
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A cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, reforçou a imagem do bloco como um agrupamento de ditaduras que desrespeitam a soberania e os direitos humanos. O comunicado final da reunião contradiz os princípios democráticos, ignorando as violações cometidas por seus membros.
O Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, busca se posicionar como um ator relevante no cenário internacional. No entanto, sua participação no BRICS, que inclui países como China e Rússia, levanta questões sobre a compatibilidade de seus valores democráticos com os de nações que adotam práticas autoritárias. O bloco, que agora conta com novos parceiros como Irã, Egito e Etiópia, tem se distanciado de uma agenda que prioriza a democracia e os direitos humanos.
O comunicado da cúpula destaca um compromisso com a solidariedade, a democracia e a governança global, mas ignora a realidade de seus signatários. A declaração menciona a necessidade de um sistema internacional mais justo, mas não aborda as ações de países como a Rússia, que está em guerra na Ucrânia, ou o Irã, que patrocina grupos terroristas. A falta de referências a esses temas evidencia uma moralidade seletiva entre os membros do BRICS.
Além disso, o bloco critica o protecionismo, mas reúne nações que adotam políticas comerciais restritivas. A Rússia lidera o Índice de Barreiras Comerciais, seguida pela Índia e pela China, enquanto o Brasil ocupa a 22ª posição. Essa dinâmica levanta dúvidas sobre a eficácia do BRICS em promover um comércio mais livre e justo.
O Brasil possui uma oportunidade única de se destacar no cenário global, aproveitando seus recursos naturais e potencial econômico. Para isso, é fundamental que o país se afaste de visões ultrapassadas e do populismo, buscando uma agenda que priorize a abertura comercial e a inovação.
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