10 de jul 2025
Lula critica tarifas unilaterais e defende multilateralismo em artigo internacional
Lula critica tarifas de Trump e propõe um novo multilateralismo para combater desigualdades e crises globais, destacando a urgência da diplomacia.

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Gabriela Biló - 9.jul.25/Folhapress)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou artigos no The Guardian e Der Spiegel, criticando o protecionismo e defendendo um novo multilateralismo. As publicações ocorrem após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump, intensificando a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
Lula condena as tarifas unilaterais, afirmando que elas "desorganizam cadeias de valor" e empurram a economia global para uma "espiral de preços altos e estagnação". O presidente destaca que a atual ordem internacional é desigual e ineficaz, baseada no "direito do mais forte". Ele critica a falta de ação dos países ricos em relação a promessas feitas em conferências internacionais, como a COP15.
Críticas ao Sistema Atual
Nos artigos, Lula denuncia o esvaziamento das instituições multilaterais, como a ONU e a OMC. Ele ressalta que, enquanto os 1% mais ricos acumularam US$ 33,9 trilhões na última década, mais de 700 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso a recursos básicos como água e alimentos. O presidente também critica as políticas de austeridade que, segundo ele, minaram a capacidade dos Estados de proteger os mais vulneráveis.
Lula enfatiza a importância da diplomacia como única saída para enfrentar desigualdades e crises climáticas. Ele menciona que o Brasil terá um papel de liderança em 2025, presidindo o G20, o Brics e a COP30, e busca promover um multilateralismo mais justo e inclusivo.
A Urgência do Multilateralismo
O presidente conclui que a solução para os desafios globais não é abandonar o multilateralismo, mas sim refundá-lo. Ele defende que a colaboração entre nações é essencial para evitar o aumento da desigualdade e a degradação ambiental. Lula reafirma que a diplomacia deve ser priorizada para garantir um futuro mais equitativo e sustentável.



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