12 de jul 2025
Família de americano-palestino morto na Cisjordânia pede investigação dos EUA
Colonos israelenses matam cidadão americano palestino na Cisjordânia e família pede investigação ao governo dos Estados Unidos.

Colonos israelenses mascarados atiram pedras em palestinos do topo de uma colina na aldeia de Sinjil, na Cisjordânia ocupada, em 4 de julho (Foto: John Wessels/AFP)
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O cidadão americano-palestino Saif al-Din Kamil Abdul Karim Musalat foi morto por colonos israelenses em um ataque na aldeia de Sinjil, na Cisjordânia, na noite de sexta-feira. A família de Musalat, de 20 anos, exige que o governo dos Estados Unidos inicie uma investigação sobre o caso. Autoridades palestinas relataram que Musalat foi espancado até a morte, enquanto outra vítima, Mohammed Rizq Hussein al-Shalabi, de 23 anos, foi alvejada e deixou de receber socorro médico por horas.
O Ministério da Saúde palestino confirmou que a violência ocorreu após palestinos supostamente lançarem pedras contra colonos, ferindo dois israelenses. O Exército israelense afirmou que a ação foi uma resposta a esse ataque. Confrontos entre colonos e palestinos têm se intensificado na região, especialmente após o ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou em um aumento significativo de mortes.
A família de Musalat descreveu sua morte como um "pesadelo inimaginável". Ele estava na Cisjordânia para visitar parentes e, segundo os familiares, estava defendendo as terras da família de tentativas de roubo por colonos. Além disso, alegam que os colonos bloquearam uma ambulância, impedindo o socorro ao jovem ferido.
Organizações de direitos humanos têm denunciado o aumento da violência de colonos na Cisjordânia, onde cerca de 500 mil israelenses vivem em assentamentos. Dados do Ministério da Saúde palestino indicam que, desde o início da escalada de violência, pelo menos 955 palestinos foram mortos, incluindo civis e militantes, enquanto 36 israelenses também perderam a vida. A ONU e grupos de direitos humanos criticam a impunidade com que os colonos atuam, com apenas 3% dos casos de violência resultando em condenações, segundo a organização israelense Yesh Din.
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