Política

17 de jul 2025

Situação se agrava e desafios aumentam em meio à crise atual

Procuradoria Geral da República pede condenação de Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe, com provas que ligam atos à invasão de 8 de janeiro.

Uma das respostas de Bolsonaro no interrogatório foi considerada pela PGR como uma confissão (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

Uma das respostas de Bolsonaro no interrogatório foi considerada pela PGR como uma confissão (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

Ouvir a notícia

Situação se agrava e desafios aumentam em meio à crise atual - Situação se agrava e desafios aumentam em meio à crise atual

0:000:00

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, na noite de segunda-feira (14), suas alegações finais sobre a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro e aliados. O documento de 517 páginas conclui a acusação contra oito réus, incluindo o ex-presidente e ex-ministros, que agora devem apresentar suas defesas antes do julgamento.

As alegações da PGR destacam provas contundentes que evidenciam a intenção de golpe, como confissões e ações que culminaram na invasão de 8 de janeiro. As investigações já haviam coletado documentos, áudios e vídeos que sustentam o discurso golpista de Bolsonaro durante seu mandato. Um assessor do general Braga Netto, por exemplo, guardou uma minuta golpista em uma pasta intitulada "memórias importantes".

O procurador-geral Paulo Gonet enfatizou que as provas se agravaram com os interrogatórios dos réus. O general Augusto Heleno, ao ser questionado sobre o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para disseminar informações falsas, complicou sua situação ao negar a acusação de forma evasiva. Gonet também citou a confissão de Bolsonaro sobre ter considerado medidas de força contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter sua derrota em 2022.

Conexões com o 8 de Janeiro

As alegações finais de Gonet esclarecem a relação entre as ações dos réus e a invasão dos prédios da Praça dos Três Poderes. O procurador afirmou que a "Festa da Selma", como os invasores chamavam a intentona, foi um desfecho violento que só ocorreu devido às ações dos bolsonaristas nas semanas anteriores. A invasão, segundo Gonet, não teria sido cogitada sem a contribuição dos acusados.

Além disso, a PGR argumenta que todos os réus agiram com plena consciência ao produzir discursos inverídicos para desacreditar as eleições e mobilizar forças estatais contra opositores. O procurador deixou claro que a tentativa de golpe não se limitou a meras cogitações, mas envolveu violência e grave ameaça.

A PGR pediu a condenação de todos os réus pelos crimes imputados, exceto no caso do deputado federal Alexandre Ramagem, cuja ação foi suspensa pela Câmara dos Deputados. A investigação continua a revelar a complexidade do esquema golpista, com a expectativa de que as condenações sejam severas.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela