11 de ago 2025
PT solicita investigação de motim bolsonarista e alerta para possível impunidade
PT pede investigação de deputados bolsonaristas por motim na Câmara e critica possível impunidade após decisão de Hugo Motta

O plenário da Câmara dos Deputados durante o motim bolsonarista que ocupou a Mesa Diretora. (Foto: Pedro Ladeira - 6.ago.25/Folhapress)
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A liderança do PT na Câmara dos Deputados solicitou à PGR (Procuradoria-Geral da República) a investigação de deputados bolsonaristas envolvidos em um motim na Casa. O pedido visa apurar se a ocupação da Mesa Diretora configura o crime de abolição violenta do Estado democrático de Direito. O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), pediu ainda a suspensão dos mandatos dos parlamentares amotinados.
Em resposta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu encaminhar os casos para a corregedoria, o que gerou críticas do PT. Lindbergh afirmou que essa decisão pode dar a impressão de que não haverá punição, afirmando que "essa não pode ser a semana da impunidade". Ele comparou o motim a eventos de 8 de janeiro, referindo-se à invasão de prédios públicos por apoiadores de Jair Bolsonaro.
O motim, que durou mais de 30 horas, foi uma reação à prisão domiciliar de Bolsonaro. Entre os deputados envolvidos estão Zé Trovão (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF). A Mesa da Câmara adiou a decisão sobre o afastamento dos parlamentares, optando por enviar os casos à corregedoria, que tem 48 horas para elaborar um parecer.
Além disso, o PL e o centrão tentam pressionar por uma mudança de foro e uma proposta que blinde congressistas contra ações do STF. Lindbergh se opôs a essa movimentação, defendendo que a Câmara deve priorizar projetos de interesse do governo Lula, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000. A situação continua tensa, com a possibilidade de desdobramentos significativos nas próximas semanas.
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