Pai de refém agradece por filha ter sobrevivido ao cativeiro do Hamas e pede por mais resgates

Eitan Gonen, pai de Romi Gonen, fez apelos públicos por mais de 470 dias para que sua filha permanecesse viva enquanto estava em cativeiro pelo Hamas. Após a libertação dela em 19 de janeiro, ele finalmente pôde conversar com Romi, que confirmou: “Pai, eu voltei para casa viva.” Romi, de 24 anos, foi uma das primeiras reféns a serem libertadas em troca de prisioneiros palestinos, em um processo de cessar-fogo que busca encerrar o conflito.

Durante a fase inicial do cessar-fogo, o Hamas concordou em liberar 33 reféns em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos. Atualmente, cerca de 90 reféns ainda estão em Gaza, com muitos acreditando que pelo menos um terço deles pode estar morto. O governo israelense está se preparando para a volta dos reféns, ciente de que muitos podem apresentar problemas de saúde graves após mais de um ano em cativeiro.

Dr. Ami Benov, que está assistindo os reféns, informou que as mulheres libertadas estão em condições físicas precárias, enfrentando um longo processo de recuperação devido à “fome leve” e deficiências vitamínicas. Eitan Gonen, que se encontra com Romi e outros reféns libertados, afirmou que a reabilitação apenas começou e que a família não está pressionando Romi a falar, permitindo que ela recupere seu ritmo.

Romi foi sequestrada durante o festival Nova, e sua família não tinha notícias dela por quase dois meses. Eitan elogiou a força da filha, que aprendeu árabe para se comunicar com os sequestradores. Ele acredita que a presença de outros reféns, como a britânico-israelense Emily Damari, foi crucial para a sobrevivência de Romi. Eitan continua a pressionar o governo israelense para trazer todos os reféns de volta, mas agora se concentra em aproveitar o tempo com sua filha, afirmando: “Eu só gosto de estar com ela, mesmo em silêncio.”