Política

Dois cidadãos chineses são julgados nos EUA por tráfico de fentanil em caso histórico

Dois cidadãos chineses estão sendo julgados em Nova York por tráfico de fentanil. Wang Qingzhou e Chen Yiyi foram presos em operação encoberta em Fiji em junho de 2023. Eles enfrentam penas de até vida na prisão por enviar 200 kg de precursores químicos. A empresa Hubei Amarvel Biotech é acusada de facilitar o comércio ilícito de fentanil. A China e os EUA tentam cooperar no combate ao tráfico, mas com tensões persistentes.

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Dois cidadãos chineses, Wang Qingzhou e Chen Yiyi, estão sendo julgados em Nova York por envolvimento no tráfico ilícito de fentanil, em um caso que marca um esforço das autoridades para combater a movimentação desse perigoso narcótico e seus componentes da China para os Estados Unidos. Os réus foram capturados em uma operação disfarçada em Fiji em junho de 2023, expulsos do país e posteriormente presos nos EUA. O julgamento começou na quarta-feira no Tribunal do Distrito Sul de Nova York e as acusações contra eles são algumas das primeiras direcionadas a cidadãos chineses e empresas baseadas na China por tráfico de precursores químicos de fentanil.

Os promotores alegam que Wang, Chen e a empresa Hubei Amarvel Biotech, que os empregava, enviaram mais de 200 quilos de precursores químicos relacionados ao fentanil para os EUA, quantidade suficiente para produzir doses letais para 25 milhões de americanos. O fentanil tem sido uma das principais causas de morte entre americanos de 18 a 45 anos, com mais de 107 mil mortes por overdose registradas em 2023. Durante os argumentos de abertura, o promotor Kevin Sullivan enfatizou que o caso envolve pessoas que tentaram enviar grandes quantidades de produtos químicos para fabricação de fentanil em Nova York.

A defesa de Wang, representada pelo advogado David Mou, pediu ao júri que mantivesse a mente aberta, afirmando que "não foi produzido um grama de fentanil" e que os químicos em questão eram "insuficientes para a produção de fentanil". A empresa Amarvel Biotech, com sede em Wuhan, é acusada de comercializar e fornecer precursores químicos em violação à lei federal. A investigação encoberta revelou que os produtos químicos foram enviados como parte de um acordo com informantes da DEA, que se reuniram com os réus em Fiji para formalizar um pedido de envio mensal.

Embora os EUA e a China tenham colaborado em esforços conjuntos para combater o fluxo de fentanil, a China não participou desta investigação específica. O porta-voz da embaixada chinesa nos EUA, Liu Pengyu, condenou os procedimentos americanos, alegando que as autoridades dos EUA "capturaram cidadãos chineses" e pedindo a liberação imediata deles. A relação entre os dois países tem sido marcada por tensões, mas também por momentos de cooperação na luta contra as drogas, com a China implementando políticas rigorosas de controle de drogas e, em 2019, classificando todas as substâncias relacionadas ao fentanil como narcóticos controlados.

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