CBS avalia acordo em processo de censura de Trump para facilitar fusão com Paramount

Um professor de direito, citado pela CBS News, classificou a ação de Donald Trump, que pede R$ 10 bilhões devido à edição de uma entrevista da vice-presidente Kamala Harris no programa 60 Minutes, como “...tão infundada que chega a ser passível de sanção por frivolidade.” No entanto, o The Wall Street Journal informou que executivos da Paramount Global, empresa-mãe da CBS, discutem a possibilidade de um acordo para reduzir tensões com a nova administração, em meio a uma revisão governamental de sua fusão com a Skydance.

O novo presidente da FCC, Brendan Carr, alertou os executivos no ano passado que a insatisfação presidencial com a CBS News tornaria a revisão mais difícil. Carr expressou publicamente essa preocupação, afirmando em uma entrevista à Fox News que “...a CBS tem uma transação perante a FCC. Estou bastante confiante de que a reclamação sobre distorção de notícias relacionada ao transcript do 60 Minutes é algo que provavelmente surgirá no contexto da revisão dessa transação.”

A ação judicial alega que, ao exibir duas versões editadas da resposta de Harris sobre a guerra em Gaza, a CBS “usou sua plataforma nacional no 60 Minutes para ultrapassar a linha entre o exercício de julgamento na reportagem e a manipulação enganosa de notícias.” Em vez de defender a liberdade de expressão contra as acusações de Trump, que a rede considera falsas e sem mérito, a Paramount está considerando seguir o exemplo de empresas como a Disney, que se alinharam com a nova administração.

Recentemente, a ABC News concordou em pagar R$ 15 milhões à fundação presidencial de Trump para resolver um processo de difamação. Além disso, Mark Zuckerberg, da Meta, ajustou as políticas da empresa para a direita após se reunir com Trump, em parte para mediar um processo que Trump moveu contra o Facebook e Zuckerberg em 2021, relacionado à suspensão da conta de Trump após os eventos de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA.