18 de jan 2025
Cresce 13,2% o número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil em 2024
Em 2024, o Brasil registrou 291 homicídios e suicídios de pessoas LGBTQIAPN+. O aumento de 13,2% em relação a 2023 destaca a crescente violência no país. Salvador é a capital mais perigosa, seguida por São Paulo e Belo Horizonte. O assassinato de Neuritânia Pacheco ilustra a brutalidade, com um adolescente detido. A maioria das vítimas era branca e a faixa etária mais afetada foi de 26 a 35 anos.
Leques de mão coloridos são uma marca do público LGBT+ durante a Parada de BH (Foto: Reprodução TV Globo)
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O Brasil registrou 291 homicídios e suicídios de pessoas LGBTQIAPN+ em 2024, um aumento de 34 mortes em relação a 2023. Os dados, coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), indicam um crescimento de 13,2% nas mortes violentas em comparação ao ano anterior. Os registros incluem homicídios, latrocínios e suicídios, com destaque para os estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso.
A maior parte das mortes ocorreu nas regiões Nordeste e Sudeste, com 99 casos em cada uma. Os métodos mais comuns de violência foram arma branca (65), arma de fogo (63) e espancamento (32). Salvador foi identificada como a capital mais perigosa para a comunidade LGBTQIAPN+, seguida por São Paulo e Belo Horizonte.
A pesquisa revelou que a maioria das vítimas se identificava como branca (115), enquanto 97 não tinham cor identificada e 79 eram pretas ou pardas. A faixa etária mais afetada foi de 26 a 35 anos, com 66 vítimas. Entre os gays mortos, a profissão de professor foi a mais comum, enquanto entre mulheres trans e travestis, as profissionais do sexo lideraram os registros.
Um caso emblemático foi o assassinato de Neuritânia Pacheco, uma mulher trans de 48 anos, na Bahia. Ela desapareceu após um encontro amoroso e foi encontrada com sinais de violência. Um adolescente de 17 anos foi apreendido como suspeito, e a motivação do crime seria vingança. Apesar de Salvador ser a capital com mais casos absolutos, proporcionalmente, ficou atrás de Cuiabá, Palmas e Teresina. O GGB informou que não há dados específicos sobre mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ nas gestões estaduais e federais.
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