Erika Hilton solicita inquérito à PF após receber ameaças de morte nas redes sociais

A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar ameaças de morte recebidas nas redes sociais após a divulgação de um vídeo em que defende a fiscalização do Pix. As ameaças surgiram após a publicação do vídeo, que teve mais de 80 milhões de visualizações em menos de 12 horas. Hilton rebateu críticas do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que havia feito um vídeo com uma narrativa contrária à medida, que foi revogada pelo governo.

As mensagens ameaçadoras, que começaram a circular no X (antigo Twitter), incluíam comentários como "deveria ser fuzilada" e a sugestão de que "pistoleiros" deveriam ser contratados para persegui-la. Os advogados de Hilton enviaram à PF prints das mensagens e solicitaram a identificação dos autores. Em nota, a deputada afirmou que não recuará diante das intimidações e que continuará a disseminar a verdade sobre os fatos.

O vídeo de Hilton foi uma resposta ao conteúdo de Nikolas Ferreira, que criticou a fiscalização do Pix, alegando que a medida prejudicaria a população mais carente. O vídeo do deputado alcançou 300 milhões de visualizações, enquanto o de Hilton rapidamente se tornou viral. A controvérsia em torno do monitoramento das movimentações financeiras no Pix gerou uma onda de desinformação, levando o governo a revogar a norma da Receita Federal.

Hilton enfatizou que a violência da extrema direita é uma realidade e que muitos não aceitam a propagação da verdade. Ela destacou que a desinformação e as ameaças não a farão recuar em sua luta pela democracia e pelo livre debate público. A situação evidencia a polarização política e os riscos enfrentados por parlamentares que se posicionam contra narrativas extremistas.