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23 de jan 2025

Liberdade de expressão em debate: o caso dos alunos da USP e a crítica a Israel

A Universidade de São Paulo (USP) enfrenta polêmica sobre liberdade de expressão. Alunos criticaram Israel em assembleia e foram processados administrativamente. Professor Ronaldo Porto Macedo Junior defende que a expulsão é injusta. Debate sobre antissemitismo e limites da sanção estatal é central na discussão. Liberdade de expressão deve permitir ideias controversas sem punições severas.

Foto:Reprodução

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O debate sobre a liberdade de expressão e suas limitações ganhou destaque após a polêmica envolvendo alunos da Universidade de São Paulo (USP) que criticaram as ações de Israel em uma assembleia estudantil. O professor Ronaldo Porto Macedo Junior, autor do artigo “Criticar Israel ou ser antissemita? O caso dos estudantes da USP ameaçados de expulsão”, defende que os alunos não deveriam ser punidos por suas manifestações. Ele argumenta que a liberdade de expressão deve permitir a crítica a estados e ações, mesmo que essas opiniões sejam consideradas ofensivas ou equivocadas.

Os críticos de Macedo, incluindo Cláudio Finkelstein e outros, contestam sua visão, afirmando que as declarações dos alunos se alinham ao antissemitismo contemporâneo e que glorificar ataques a Israel é uma forma de racismo. Eles destacam que a Aliança Internacional para a Lembrança do Holocausto define tais manifestações como problemáticas, e que a credibilidade dos judeus ao apontar antissemitismo deve ser respeitada. Macedo, por sua vez, enfatiza que o foco de seu artigo não é a validade das opiniões expressas, mas sim o direito dos alunos de se manifestar sem o temor de expulsão.

Macedo também discute a questão do “lugar de fala” na definição de racismo e antissemitismo, argumentando que não são grupos específicos que devem determinar o que constitui ofensa, mas sim o Estado de Direito. Ele ressalta que a liberdade de expressão inclui o direito de expressar ideias que podem ser consideradas erradas ou ofensivas, e que a sanção estatal não deve ser aplicada de forma automática em casos de discurso controverso.

Por fim, o professor defende que, embora condutas racistas e agressões possam justificar sanções, a expulsão deve ser uma medida extrema e não uma resposta imediata a opiniões divergentes. Ele conclui que instituições educacionais devem priorizar a educação e o debate saudável, evitando um punitivismo excessivo que comprometa a liberdade de expressão.

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