Política

Estado deve garantir reparação às vítimas do zika vírus e suas famílias

O Brasil enfrenta uma epidemia de microcefalia ligada ao zika vírus há quase dez anos. O presidente Lula vetou indenização de R$ 50 mil e pensão vitalícia proposta. Medida Provisória oferece R$ 60 mil, mas exige comprovações complicadas. A deputada Talíria Petrone critica a falta de diálogo do governo com as famílias. Mobilização por justiça social une parlamentares, mas frustra famílias afetadas.

'Aedes albopictus', mosquito que também transmite dengue, zika e chikungunya. (Foto: AFP)

'Aedes albopictus', mosquito que também transmite dengue, zika e chikungunya. (Foto: AFP)

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Em 2024, o Brasil ainda enfrenta as consequências da epidemia de zika vírus, que há quase dez anos resultou em um aumento significativo de casos de microcefalia. O alto número de nascimentos afetados gerou um clamor por justiça e reparação, levando à criação do Projeto de Lei (PL) 3.974/2015, que propõe indenizações e pensões vitalícias para as famílias impactadas. Em dezembro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que previa uma indenização de R$ 50 mil e pensão vitalícia, mas o presidente Lula vetou a proposta.

Após o veto, Lula anunciou uma Medida Provisória que oferece um apoio financeiro único de R$ 60 mil às pessoas com deficiência causada pelo zika vírus. No entanto, essa solução impõe dificuldades adicionais, pois as famílias precisam comprovar a relação entre a síndrome e a infecção durante a gestação, além de demonstrar a deficiência da criança. Essa exigência gerou frustração entre as famílias, que esperavam uma reparação mais direta e justa do Estado.

A tramitação do PL no Congresso uniu parlamentares de diferentes espectros políticos em prol da justiça social, reconhecendo os desafios enfrentados pelas famílias, que incluem altos custos com consultas médicas e terapias. A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) enfatiza que a pensão é crucial para aliviar a dor das famílias, destacando que o Estado deve apoiar as mães que cuidam de crianças com deficiência.

Petrone critica a Medida Provisória por não atender adequadamente às demandas das famílias e pela falta de diálogo do governo com os movimentos sociais. Ela defende a necessidade de derrubar o veto ao PL e garantir a reparação devida, ressaltando a importância de sensibilizar parlamentares e o governo para essa causa.

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