Política

Olheiro do assassinato de Gritzbach é vinculado a ONG suspeita de ligação com o PCC

A Polícia Civil investiga a morte de Antonio Vinicius Gritzbach, delator assassinado. Kauê do Amaral Coelho, foragido, é identificado como 'olheiro' do crime. A ONG Pacto Social Carcerário é suspeita de ligação com o PCC e ações ilegítimas. Documentos apreendidos revelam que a ONG ajudava em denúncias falsas no sistema penitenciário. Profissionais de saúde eram contratados para atender detentos da facção criminosa.

ONG foi alvo de operação do Ministério Público e da Polícia Civil por elo com o PCC (Foto: Reprodução/Instagram)

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As investigações da Polícia Civil de São Paulo, em colaboração com o Ministério Público do estado (MP-SP), revelam que Kauê do Amaral Coelho, acusado de ser o "olheiro" que indicou a localização do delator Antonio Vinicius Gritzbach para seus assassinos, possui vínculos com a organização não-governamental (ONG) Pacto Social Carcerário de São Paulo, suspeita de conexão com o PCC. O criminoso, que está foragido, teria financiado uma viagem à Itália para o diretor do documentário “Grito”, lançado pela Netflix em setembro de 2023, que aborda as atividades da ONG.

Os investigadores afirmam que o documentário pode estar relacionado a ações do PCC, que busca desestabilizar o sistema de Justiça criminal por meio de "ações judiciais ilegítimas" e denúncias infundadas. As evidências surgiram após a análise de documentos apreendidos nas residências do presidente e da vice-presidente da ONG, Geraldo Sales da Costa e Luciene da Costa, respectivamente. A análise confirmou que a ONG foi criada e mantida pela facção criminosa.

Além disso, a ONG é acusada de auxiliar advogados a processar denúncias falsas sobre abusos no sistema penitenciário. Em uma fase anterior da operação, foi descoberto que o PCC estabeleceu uma célula jurídica para corromper membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). As investigações também indicam que a facção contrata profissionais de saúde para atender detentos de alta hierarquia, realizando procedimentos estéticos, como botox e clareamento dental.

O delegado Ramon Euclides, do Departamento de Investigações Criminais (Deic), mencionou que médicos e dentistas foram ouvidos, mas não há indícios de que soubessem que estavam sendo contratados pelo PCC, portanto, não foram alvos da operação. O GLOBO não conseguiu contato com o diretor do documentário nem com a direção da ONG investigada.

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