Meta paga US$ 25 milhões a Trump para encerrar processo sobre suspensão de contas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um acordo de US$ 25 milhões com a Meta para encerrar o processo que questionava a suspensão de suas contas nas redes sociais após a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Desse total, aproximadamente US$ 22 milhões serão destinados à futura biblioteca presidencial de Trump, enquanto o restante cobrirá honorários advocatícios e custos legais. O acordo foi alcançado após meses de negociações, com a participação ativa do CEO da Meta, Mark Zuckerberg.

A reaproximação entre Trump e Zuckerberg se intensificou após a vitória de Trump nas eleições de 2024, com o CEO da Meta doando US$ 1 milhão para a cerimônia de posse do presidente. Além disso, a Meta anunciou mudanças nas regras de moderação de conteúdo, abandonando parcerias com grupos de verificação de fatos e adotando um sistema semelhante ao "community notes" do X, antigo Twitter. A relação entre Trump e Zuckerberg evoluiu significativamente desde que Trump ameaçou enviar Zuckerberg à prisão.

Trump foi banido do Facebook, Instagram e X após a invasão ao Capitólio, com as plataformas alegando que suas postagens poderiam incitar mais violência. Essa decisão gerou reações intensas entre conservadores e levou Trump a processar várias empresas de tecnologia. Contudo, como plataformas privadas, essas redes têm o direito de moderar conteúdo conforme suas políticas.

Este não é o primeiro acordo financeiro de Trump com grandes empresas. Em dezembro, a ABC News concordou em pagar US$ 15 milhões à futura biblioteca presidencial de Trump para encerrar um processo de difamação. Trump também mantém litígios contra outras organizações de mídia, como CBS News e The Des Moines Register, por suposta cobertura enganosa durante a campanha presidencial de 2024.