Política

Migrant workers no Canadá enfrentam ‘abuso e discriminação chocantes’, aponta Anistia

O relatório da Anistia Internacional expõe abusos graves contra trabalhadores migrantes no Canadá. Trabalhadores enfrentam salários não pagos e condições de trabalho inseguras. O programa TFWP vincula trabalhadores a um único empregador, aumentando vulnerabilidades. Muitos relatos incluem discriminação e controle severo, como vigilância constante. Anistia pede reformas urgentes para alinhar o programa com os direitos humanos.

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Migrant workers in Canada are facing “shocking abuse and discrimination” under the Temporary Foreign Worker Program (TFWP), conforme aponta um novo relatório da Anistia Internacional. Publicado na quinta-feira, o documento critica a estrutura do TFWP, que permite a contratação de trabalhadores migrantes para empregos de baixa remuneração em setores como agricultura, construção e hospitalidade. A organização destacou que os trabalhadores estão vulneráveis a abusos devido a “disposições prejudiciais” do programa, como os vistos de trabalho fechados, que os ligam a um único empregador.

A Anistia entrevistou 44 trabalhadores migrantes de 14 países, principalmente do que chamou de Global South, e muitos relataram salários não pagos e jornadas excessivas. Alguns contratos não previam dias de descanso, e muitos trabalhadores enfrentaram discriminação, sendo designados para as tarefas mais pesadas. Um relato impactante foi o de Bénédicte, uma mulher camaronense que sofreu abusos raciais e sexuais por parte de seu empregador, que cancelou seu visto após ela deixar o trabalho.

Miguel, um trabalhador guatemalteco, também compartilhou experiências de controle severo, incluindo a confiscação de seu passaporte e vigilância constante. Erika Guevara-Rosas, da Anistia Internacional, afirmou que “o abuso enfrentado por trabalhadores migrantes no Canadá é profundamente preocupante”, especialmente para um país que se diz líder na proteção dos direitos humanos.

A Anistia também destacou as condições inadequadas de moradia, com alguns trabalhadores sem acesso a água potável. Em resposta, o governo canadense afirmou estar ciente do relatório e que “leva a segurança e dignidade dos trabalhadores migrantes muito a sério”. Nancy Caron, porta-voz do IRCC, ressaltou que os trabalhadores temporários têm os mesmos direitos e proteções que cidadãos canadenses e que o governo está tomando medidas para fortalecer os programas de trabalhadores temporários.

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