Política

Eunice Paiva relembra a vida de Rubens em entrevista inédita ao biógrafo Jason Tércio

A entrevista inédita de Eunice e Eliana Paiva revela detalhes sobre Rubens Paiva. Rubens foi preso e desapareceu em 1971, impactando sua família profundamente. O filme "Ainda estou aqui" reacendeu a luta de Eunice por respostas sobre o marido. Jason Tércio, biógrafo, conduziu a conversa em 2007, revelando memórias emocionantes. Eunice Paiva faleceu em 2018, após anos de busca por justiça e dignidade.

Rubens Paiva e sua mulher, Eunice (Foto: Reprodução)

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No segundo semestre de 2007, Eunice e Eliana Paiva, viúva e filha do deputado federal Rubens Paiva, conversaram com o jornalista Jason Tércio sobre a trajetória do político, que foi preso e assassinado pela ditadura militar em 1971. O relato, inédito até hoje, faz parte das pesquisas para o livro "Segredo de Estado", que detalha os bastidores do sequestro de Paiva, em um contexto político conturbado. O filme "Ainda estou aqui", de Walter Salles, trouxe à tona a luta de Eunice por respostas sobre o destino de seu marido.

Durante a entrevista, Eunice, então com 75 anos, recordou a trajetória de Rubens, que fundou a Paiva Construtora e se destacou na política, sendo eleito em 1962. Ela mencionou que ele sempre separou a vida pessoal da política, evitando trazer políticos para casa. A família se mudou para o Leblon após o golpe militar, onde Rubens ajudou amigos a escapar do regime. A situação se agravou quando ele foi preso, e Eunice e Eliana também foram detidas.

Eunice relatou que Rubens trouxe revólveres para casa antes do golpe, demonstrando preocupação com a segurança da família. Após sua prisão, a família enfrentou a dor do desaparecimento, com Eunice afirmando que "o Exército negou que ele tivesse estado preso". A busca por respostas se tornou uma odisseia, e Eunice se mudou para Santos para encontrar um pouco de paz, longe das constantes perguntas sobre o paradeiro de Rubens.

Embora tenha participado da Comissão dos Mortos e Desaparecidos, Eunice decidiu que não queria passar a vida apenas buscando corpos. Ela continuou a colaborar quando achava importante, mas priorizou sua família e a recuperação de sua vida após a tragédia. A luta de Eunice e Eliana por justiça e memória continua a ressoar, destacando a importância de lembrar e honrar aqueles que sofreram sob a repressão.

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