Política

Justiça condena membros do PCC por plano de sequestro de Sergio Moro, mas mandantes permanecem desconhecidos

O senador Sergio Moro foi alvo de um plano de sequestro do PCC em 2023. Justiça Federal condenou oito membros do PCC, mas mandantes permanecem desconhecidos. Investigação revelou monitoramento da família de Moro e outros políticos na mira. A juíza Sandra Regina Soares destacou a gravidade do ataque às instituições democráticas. Moro solicitou novo inquérito para identificar os responsáveis pelo crime.

PEDIDO - O ex-juiz e atual senador do União Brasil: requerimento para que se abra um novo inquérito sobre o caso (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

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A vida do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) sofreu uma reviravolta em fevereiro de 2023, quando foi convocado para uma reunião de emergência com o governo Lula. Durante o encontro, ele foi informado que seu nome constava em uma lista de alvos da maior facção criminosa do Brasil, o PCC. Investigações subsequentes revelaram que sua família estava sendo monitorada e que um plano para sequestrá-lo estava em andamento em Curitiba, envolvendo armamentos pesados e explosivos.

Na semana passada, a Justiça Federal condenou oito integrantes do PCC a penas de até catorze anos de prisão por seu papel no planejamento do sequestro. Contudo, a investigação ainda não identificou quem deu as ordens para o crime. Documentos sigilosos, com mais de 7.000 páginas, mostram a ousadia dos criminosos, incluindo a vigilância de outros políticos. Um cartão de memória apreendido continha imagens de uma mulher, ex-esposa do deputado Delegado Da Cunha (PP-SP), que pode ter sido parte de uma tentativa de intimidação.

O principal suspeito do caso, Janeferson Gomes, conhecido como Nefo, foi preso, mas não revelou informações sobre o plano. Ele foi assassinado em junho do ano passado, levantando suspeitas de que sua morte foi uma queima de arquivo para proteger os mandantes do sequestro. A Polícia Federal investiga a possibilidade de que o sequestro de Moro visasse a libertação de Marcos Camacho, o Marcola, líder do PCC, que está preso há quase trinta anos.

Após as condenações, Moro solicitou à Justiça a abertura de um novo inquérito para identificar os responsáveis pela ordem de sequestro. A juíza Sandra Regina Soares, que proferiu a sentença, destacou que o crime não apenas visou uma autoridade pública, mas também atacou a estrutura de poder do Estado, evidenciando a gravidade da situação. O episódio ilustra a crescente ousadia do crime organizado no Brasil, que agora se expande para novos mercados e representa um desafio significativo para as instituições democráticas.

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