Política

Facção TCP movimenta R$ 43 milhões em banco clandestino no Complexo da Maré

A facção Terceiro Comando Puro (TCP) operava um banco clandestino na Maré. A operação "Conexão Perdida" desmantelou esquema de R$ 43 milhões em seis meses. Empresários eram extorquidos, pagando até R$ 10 mil mensais para operar. O banco utilizava smurfing para ocultar movimentações financeiras ilícitas. O dinheiro arrecadado financiava armas e drogas, afetando a economia local.

Polícia desmonta banco clandestino do TCP na Maré (RJ) e apreende armas e drogas (Foto: Divulgação - PCES)

Polícia desmonta banco clandestino do TCP na Maré (RJ) e apreende armas e drogas (Foto: Divulgação - PCES)

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A facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) operava um banco clandestino no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, movimentando R$ 43 milhões em seis meses. O esquema funcionava como uma instituição financeira, permitindo à facção lavar dinheiro proveniente de extorsões e tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, o TCP utilizava loterias e empresas de fachada para ocultar suas operações.

Os criminosos extorquiam empresários de setores como internet e gás no Espírito Santo, forçando-os a pagar taxas mensais de até R$ 10 mil para operar em áreas controladas pelo crime. Um empresário do setor de internet, inicialmente vítima, acabou se associando ao TCP, cortando a concorrência para monopolizar o serviço. O delegado Alan Moreno de Andrade destacou que esse empresário passou a prestar contas ao líder da facção.

O chamado "Banco Paralelo" funcionava com um sistema próprio de contabilidade, permitindo depósitos e saques. A facção utilizava a técnica de smurfing, realizando pequenos depósitos para dificultar a identificação do esquema. Quando necessário, organizavam saques de R$ 40 mil a R$ 50 mil por dia, com retiradas maiores agendadas. O subsecretário de Inteligência da Sesp-ES, Romualdo Gianordolli Neto, revelou que foram encontrados diversos aparelhos e anotações detalhando o esquema.

A operação "Conexão Perdida" da Polícia Civil desmantelou parte do esquema, cumprindo 20 mandados de busca e apreensão e bloqueando 17 contas bancárias. No Complexo da Maré, foram encontrados documentos financeiros e máquinas de contar dinheiro. O impacto desse esquema não se restringe ao Espírito Santo, afetando a economia local e fortalecendo a estrutura do TCP no Rio de Janeiro, conforme ressaltou Gianordolli.

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