10 de fev 2025
Ministério Público denuncia investigador da Polícia Civil por corrupção e lavagem de dinheiro
O investigador Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, está preso desde dezembro de 2022, acusado de extorquir Vinícius Gritzbach, delator do PCC assassinado em novembro de 2025. O Ministério Público de São Paulo denunciou Bombom por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, apresentando evidências como R$ 724 mil em dinheiro e planilhas de cobrança de propina. Nove policiais civis foram afastados ou presos em decorrência das investigações sobre o assassinato de Gritzbach, incluindo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A operação Tácito revelou que Bombom escondia dinheiro em um apartamento de luxo e recebia propina para proteger estabelecimentos ilegais na Zona Leste de São Paulo. As investigações sobre Gritzbach envolvem múltiplas frentes, incluindo a Polícia Federal e corregedorias, com 26 pessoas presas, sendo 22 policiais, e indícios de cooptação do PCC por agentes de segurança.
18.fev.2024 - Entrevista de Antônio Vinicius Gritzbach para o Domingo Espetacular, da TV Record (Foto: Reprodução)
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O Ministério Público de São Paulo denunciou o policial civil Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele está preso desde dezembro de 2023, acusado de extorquir Vinícius Gritzbach, um delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), que foi assassinado em novembro do mesmo ano. Gritzbach, que lavava dinheiro do tráfico, delatou Marcelo por corrupção e envolvimento com a facção criminosa. Durante a operação Tácito, a Polícia Federal encontrou mais de R$ 800 mil em dinheiro vivo em um apartamento de luxo de Marcelo, além de planilhas que indicavam extorsões de comerciantes na Zona Leste de São Paulo.
As investigações sobre o assassinato de Gritzbach resultaram na prisão ou afastamento de nove integrantes da Polícia Civil. O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fábio Pinheiro Lopes, foi afastado após ser acusado de receber propina de R$ 4,2 milhões. Outros policiais, como Guilherme Solano, também foram afastados por envolvimento em irregularidades. Gritzbach denunciou que policiais cobraram R$ 40 milhões para não incluí-lo em um inquérito sobre assassinatos relacionados ao PCC. A operação Tácito prendeu diversos policiais, incluindo Bombom, que está na corporação desde 1995.
O MP-SP apresentou evidências, como uma planilha encontrada no apartamento de Bombom, que continha informações sobre pagamentos indevidos relacionados a jogos de azar e prostituição. O advogado de Bombom, Eugênio Malavasi, argumenta que não há provas suficientes para sustentar as acusações e que a planilha não comprova ilegalidades. Bombom, que tem um estilo de vida incompatível com seu salário de R$ 12 mil mensais, movimentou R$ 34 milhões em cinco anos, segundo investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
As investigações sobre Gritzbach têm desdobramentos que envolvem a Polícia Militar e a Polícia Federal, com 26 pessoas presas, incluindo 22 policiais. A Corregedoria da PM já indiciou 17 policiais militares, sendo três suspeitos de envolvimento direto na morte de Gritzbach. As investigações indicam que uma organização criminosa infiltrou a PM, atuando em assassinatos e repasses de informações sobre operações policiais. A situação revela um cenário complexo de corrupção e crime organizado dentro das forças de segurança.
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