11 de fev 2025
AGU solicita ao STF rejeição da queixa-crime de Flávio Bolsonaro contra Haddad
A Advocacia Geral da União (AGU) pediu ao STF para rejeitar queixa de Flávio. Flávio acusa Haddad de calúnia por mencionar investigações de rachadinha. AGU defende que declarações de Haddad foram legítimas e baseadas na imprensa. O relator da ação no STF é o ministro André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro. O caso de rachadinha envolve movimentações suspeitas e investigações em andamento.
O ministro Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou, nesta segunda-feira, 10, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja rejeitada a queixa-crime do senador Flávio Bolsonaro contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Flávio acusa Haddad de calúnia, injúria e difamação, em decorrência de declarações feitas pelo ministro durante o anúncio da revogação de mudanças na fiscalização do Pix, em janeiro. Na ocasião, Haddad mencionou a investigação sobre o esquema de rachadinha que envolveu Flávio quando ele era deputado estadual.
Haddad defendeu suas declarações, afirmando que “as rachadinhas do senador Flávio foram combatidas porque a autoridade identificou uma movimentação absurda”. Ele criticou a indignação de Flávio em relação à Receita Federal, destacando que o senador não pode se queixar de um trabalho que visa combater crimes. A AGU argumenta que as falas de Haddad foram proferidas “no exercício legítimo da liberdade de expressão e no embate político”, sem intenção de ofender Flávio.
Além disso, a AGU ressalta que as declarações de Haddad se basearam em informações amplamente divulgadas pela imprensa e não há evidências de que o ministro tenha agido com a intenção de caluniar. O órgão também afirma que não foi demonstrada a falsidade das imputações, um requisito essencial para a caracterização da calúnia. O relator da queixa-crime no STF é o ministro André Mendonça, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio.
O caso das rachadinhas remonta a 2018, quando um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras apontou movimentações atípicas na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz. O Ministério Público denunciou Flávio e outros por organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas em 2021, o Superior Tribunal de Justiça anulou decisões anteriores, alegando que Flávio tinha direito a foro privilegiado. O Ministério Público busca agora retomar as investigações, argumentando que a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro violou o devido processo legal.
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