11 de fev 2025
Corregedoria investiga ligação de policiais com empresários do setor de combustíveis
A Corregedoria da Polícia Civil investiga policiais ligados a empresários do setor de combustíveis, suspeitos de conexão com o PCC. A Operação Cassiopeia, do Gaeco, revelou contatos de policiais em endereços de empresários da Copape. A ANP manteve a suspensão das operações da Copape, após recurso negado em 6 de março. A Polícia Federal iniciou nova investigação para integrar dados sobre crime organizado no setor. A fuga de empresários antes da operação levanta suspeitas de vazamento de informações.
Veículo da Polícia Civil de São Paulo (Foto: Governo de São Paulo/Divulgação)
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A Divisão de Processos Administrativos da Corregedoria da Polícia Civil investiga a relação de diversos policiais com empresários do setor de combustíveis, suspeitos de vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A apuração, que envolve associação criminosa, teve início após uma operação de busca e apreensão revelar contatos de agentes de segurança em endereços relacionados a Mohamad Hussein Mourad, Renato Steinle de Camargo e Silvana Correa, proprietários da empresa Copape.
Esses empresários foram denunciados na Operação Cassiopeia, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Piracicaba. Durante a operação, os investigadores encontraram uma agenda com mais de 70 contatos de policiais, que foram encaminhados à Corregedoria. A operação, realizada em 21 de março de 2023, revelou que Mohamad e Silvana deixaram seu endereço antes da chegada das autoridades, levando bagagens em dois veículos.
Apesar da ausência dos alvos, a busca e apreensão prosseguiu, resultando na coleta de evidências relevantes, embora alguns itens, como os celulares de Mohamad e Silvana, tenham sido perdidos. Desde julho de 2023, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) suspendeu as operações da Copape, e um recurso da empresa para reverter essa decisão foi rejeitado em 6 de março. Mohamad é descrito como "consultor" da Copape, mas é considerado um dos proprietários, com a empresa operando sob a fachada de "laranjas".
As autoridades intensificaram a fiscalização no setor de combustíveis, com ações da ANP e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Além disso, a Polícia Federal iniciou uma investigação sob a direção do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que funcionará como um "inquérito guarda-chuva" para integrar informações das polícias estaduais. Essa estratégia foi discutida em uma reunião do Núcleo de Combate ao Crime Organizado na semana passada.
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