11 de fev 2025
Polícia Federal investiga Eduardo Bolsonaro por ofensas a delegado em discurso na Câmara
A Polícia Federal instaurou um procedimento disciplinar contra Eduardo Bolsonaro. O deputado ofendeu o delegado Fábio Shor em discurso na Câmara. Shor atuou em inquérito que indiciou Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. Marcel Van Hattem também é investigado por declarações semelhantes ao delegado. A defesa de Van Hattem defende a imunidade parlamentar como garantia constitucional.
"O deputado Eduardo Bolsonaro responde a processo por causa de uma declaração em que comparou 'professores doutrinadores' a traficantes. (Foto: Brenno Carvalho)"
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A Polícia Federal instaurou um procedimento administrativo disciplinar (PAD) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para investigar suas declarações dirigidas a um delegado da instituição. Eduardo, que é escrivão da Polícia Federal licenciado, fez os comentários durante uma sessão na Câmara dos Deputados, onde reiterou ofensas ao delegado Fábio Shor, que participou do inquérito que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou: "Prefiro perder minha aposentadoria da Polícia Federal, meu porte de arma e carteira funcional do que ser obrigado a chamar de 'democracia' um país em que um deputado federal não pode criticar um delegado federal." O deputado criticou a atuação do delegado, que, segundo ele, estaria tratando cidadãos comuns como se fossem terroristas.
Esse não é o primeiro caso envolvendo críticas a Shor. Em outubro do ano passado, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) também foi alvo de investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após chamá-lo de "bandido" em um discurso. A investigação foi motivada por declarações feitas em plenário, onde Van Hattem acusou o delegado de agir ilegalmente ao manter preso o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins.
A defesa de Van Hattem, representada pelo advogado Alexandre Wunderlich, se manifestou contra qualquer tentativa de violação da imunidade parlamentar, ressaltando que essa é uma garantia constitucional fundamental. Segundo ele, a tribuna livre é essencial para a expressão do mandato e do Estado de Direito.
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