Política

CPI critica arquivamento de caso de Bruno Henrique e aponta falhas na Justiça Desportiva

A CPI critica o arquivamento do caso Bruno Henrique pelo STJD como precipitado. Relatório menciona indícios de manipulação de apostas envolvendo familiares do jogador. A CPI deve ser prorrogada por mais 45 dias para aprofundar as investigações. Sistema atual de monitoramento de apostas é considerado falho e dependente de empresas privadas. Dados do Gaeco indicam que apostas suspeitas foram feitas por familiares de Bruno Henrique.

Bruno Henrique comemora o gol (Foto: Talita Gouveia/AFP)

Bruno Henrique comemora o gol (Foto: Talita Gouveia/AFP)

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O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado critica a decisão da Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de arquivar o caso do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O documento, apresentado pelo senador Romário (PL-RJ), considera o arquivamento “claramente precipitado”, pois não aguardou o término das investigações do Ministério Público do Distrito Federal. O relatório menciona suspeitas de um “prévio acertamento” entre o jogador e apostadores, mas não pede o indiciamento do atleta.

A CPI, instaurada em abril de 2024, deve ser prorrogada por mais 45 dias. Bruno Henrique é investigado na operação Sport-fixing da Polícia Federal, relacionada a um cartão amarelo que teria sido recebido intencionalmente na partida entre Flamengo e Santos, em 1º de novembro de 2023. O relatório destaca que apostadores próximos ao jogador, incluindo familiares, teriam lucrado com apostas sobre o cartão amarelo. O documento cita Bruno Henrique 38 vezes e critica a falha do sistema atual de identificação de fraudes, que depende de empresas privadas de monitoramento.

O relatório também aponta que o STJD não considerou relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e da Sportradar, que indicavam manipulação na partida. A CPI revela que a CBF recebeu um alerta da Conmebol em julho de 2024, quase nove meses após o jogo, e que a Sportradar não reportou irregularidades inicialmente, mas posteriormente indicou possíveis manipulações. O STJD arquivou o caso, alegando que não havia indícios de proveito econômico para o atleta.

Além disso, o documento critica a dependência do sistema de apuração de irregularidades em relatórios de empresas de monitoramento, ressaltando que menos de 1% da receita da Sportradar provém dessas atividades. A CPI conclui que o modelo atual é ineficaz e que o arquivamento do processo pelo STJD foi precipitado, sugerindo que as autoridades poderiam ter aguardado o desfecho das investigações antes de tomar uma decisão.

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