13 de fev 2025

Governo Lula reabre investigação sobre a morte de Juscelino Kubitschek em 1976
O governo Lula reabre investigação sobre a morte de Juscelino Kubitschek em 1976. Novas evidências questionam a versão oficial de acidente de trânsito. Laudo de 2019 indica possibilidade de sabotagem ou atentado político. JK era crítico do regime militar e articulava candidatura em 1978. Comissões anteriores apontaram indícios de envenenamento e tiro no motorista.
Foto:Reprodução
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu reabrir a investigação sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ocorrida em 22 de agosto de 1976. O caso, que foi tratado como um acidente de trânsito, será reavaliado pela Comissão Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) devido a novas evidências que questionam a versão oficial. A reunião para aprovar a reabertura da investigação está marcada para esta sexta-feira, 14 de março.
Juscelino, que estava em um Opala com seu motorista, Geraldo Ribeiro, colidiu com uma carreta na Rodovia Presidente Dutra. A versão oficial, sustentada por investigações anteriores, afirmava que o acidente foi causado por um ônibus da viação Cometa. No entanto, comissões estaduais da verdade e um inquérito do Ministério Público Federal (MPF) levantaram indícios de sabotagem, intoxicação ou até um tiro no motorista, sugerindo que a colisão não foi acidental.
Um laudo do engenheiro Sergio Ejzenberg, finalizado em 2019, reforçou a ideia de que a colisão com o ônibus não ocorreu e que não há elementos suficientes para determinar a causa do acidente. O laudo também indicou que a destruição do Opala impediu análises mais detalhadas. Além disso, uma exumação em 1996 revelou uma possível perfuração no crânio de Ribeiro, levantando mais dúvidas sobre a versão oficial.
A reabertura do caso ocorre em um contexto de novas evidências e a possibilidade de um atentado político, já que Juscelino era um crítico do regime militar e articulava sua candidatura para as eleições de 1978. Documentos revelados indicam que ele poderia ter sido um alvo da Operação Condor, um plano de eliminação de opositores políticos na América do Sul. A expectativa é que a nova investigação busque esclarecer definitivamente os eventos que cercaram a morte de JK.
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