18 de fev 2025
MP solicita retorno à prisão de ex-policial penal condenado por assassinato de tesoureiro do PT
Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos por assassinar Marcelo Arruda em 2022. O desembargador Gamaliel Scaff determinou reavaliação médica para Guaranho. O Ministério Público do Paraná recorreu da prisão domiciliar, alegando belicosidade. Guaranho foi baleado e agredido após o crime, resultando em sequelas físicas. A defesa argumenta que ele precisa de tratamento médico adequado fora da prisão.
O militante petista Marcelo Arruda, assassinado em Foz do Iguaçu (Foto: Arquivo pessoal)
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O Ministério Público do Paraná recorreu à decisão que permitiu a prisão domiciliar de Jorge Guaranho, ex-policial penal condenado a 20 anos por assassinar o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em 2022. Guaranho foi sentenciado por homicídio duplamente qualificado, mas teve sua pena alterada para prisão domiciliar após um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná. O MP argumenta que a mudança é inadequada, citando a "belicosidade latente" de Guaranho e a gravidade do crime.
A defesa de Guaranho, por sua vez, defende a prisão domiciliar com base em um laudo que aponta sequelas graves do espancamento que sofreu após o crime. O ex-policial apresenta "comprometimentos neurológicos e dificuldades motoras", tornando sua permanência em um ambiente carcerário comum inviável. O desembargador Gamaliel Scaff, que autorizou a prisão domiciliar, determinou uma reavaliação médica para verificar as condições de saúde de Guaranho.
O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, durante a festa de aniversário de Arruda, que tinha como tema o presidente Lula. Guaranho, ao chegar ao local, fez ameaças e, após uma discussão, retornou armado e disparou contra Arruda, que foi atingido por quatro tiros. A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler classificou o crime como resultado de "intolerância política", ressaltando que Guaranho, como policial penal, deveria ter uma postura exemplar.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados da festa e ficou internado antes de ser transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais. Ele foi demitido do cargo por improbidade administrativa. O MP, em sua solicitação, destacou que Guaranho não apresenta condições que justifiquem a prisão domiciliar, enfatizando que ele foi medicado e acompanhado durante sua detenção. A defesa, por outro lado, considera a decisão do MP "lamentável", afirmando que Guaranho não recebeu o tratamento médico necessário enquanto esteve preso.
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